Economia

China é parceiro estratégico do Brasil, não ameaça, diz Mourão à Folha

Na entrevista, Mourão afirmou que o governo não vai vetar investimentos da gigante chinesa de equipamentos para telecomunicações Huawei

Hamilton Mourão:  vice-presidente afirmou que o governo segue com estudos para flexibilizar o Mercosul para que o Brasil possa fazer acordos bilaterais (Ueslei Marcelino/Reuters)

Hamilton Mourão: vice-presidente afirmou que o governo segue com estudos para flexibilizar o Mercosul para que o Brasil possa fazer acordos bilaterais (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de abril de 2019 às 14h51.

São Paulo - A China é um parceiro estratégico para o Brasil e não uma ameaça, afirmou neste sábado o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. O vice-presidente viajou aos Estados Unidos, onde participa do evento Brazil Conference, organizado pela Universidade de Harvard.

"A China quer nossos produtos, nós precisamos de ferrovias, portos e rodovias que facilitem o transporte destes produtos em melhores condições. Essa é a grande troca que nós temos que fazer com eles", disse Mourão ao jornal.

Na entrevista, Mourão afirmou que o governo não vai vetar investimentos da gigante chinesa de equipamentos para telecomunicações Huawei, apesar de acusações dos Estados Unidos de que produtos da empresa podem estar sendo usados por Pequim para espionagem.

Para Mourão, segundo o jornal, as acusações contra a Huawei decorrem da guerra comercial iniciada por Washington contra Pequim. "A segurança é argumento da guerra comercial", disse.

O vice-presidente afirmou ainda que o governo segue com estudos para flexibilizar o Mercosul para que o Brasil possa fazer acordos bilaterais.

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