Pílulas de remédios: EUA exortaram a Índia a adotar medidas para lidar com suas preocupações e participar de um processo de "envolvimento bilateral construtivo" (Philippe Huguen/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2014 às 16h48.
Washington - Os Estados Unidos incluíram China e Índia em uma lista de países que não estão fazendo o suficiente para combater crimes contra a propriedade intelectual, alertando contra o roubo de segredos empresariais na China e a proliferação de drogas genéricas e falsificações na Índia.
Mas a Representação Comercial dos Estados Unidos resistiu ao lobby da Câmara de Comércio norte-americana e da indústria farmacêutica local para censurar a Índia como ‘pior contraventor' em sua planilha anual sobre quão bem os países protegem patentes, direitos autorais e outros direitos de propriedade intelectual dos EUA.
Esta medida poderia ter levado a sanções comerciais. Em vez disso, os EUA mantiveram a Índia em sua Lista de Observação Prioritária e exortaram o país, que está no meio de uma eleição, a adotar medidas para lidar com suas preocupações e participar de um processo de "envolvimento bilateral construtivo".
"Os Estados Unidos irão redobrar seus esforços para buscar oportunidades de envolvimento significativo, sustentado e contínuo em assuntos relacionados a propriedade intelectual com o novo governo", afirmou o relatório.
As preocupações com as práticas comerciais indianas cresceram em Washington depois que legisladores destacados ordenaram uma investigação das políticas comerciais da Índia no ano passado, e empresas farmacêuticas, entre outras, instaram o governo a adotar uma posição mais severa.
A Associação de Pesquisadoras e Fabricantes Farmacêuticos dos EUA afirmou em comunidade à Representação Comercial dos EUA que as políticas de patentes da Índia pretendem proteger os fabricantes de genéricos locais em detrimento de empresas estrangeiras.
Após o relatório, a Índia estará sujeita a uma avaliação especial, mas continua na lista de prioridades de segunda categoria do escritório comercial norte-americano, ao lado de China, Rússia e sete outros países.