Economia

China e EUA planejam se reunir em janeiro para negociar acordo comercial

"As duas partes realizaram preparativos específicos para realizarem consultas cara a cara em janeiro", informou o Ministério do Comércio chinês

Bandeiras dos Estados Unidos e da China: equipes de governo se encontram no começo do ano (Yuri Gripas/Reuters)

Bandeiras dos Estados Unidos e da China: equipes de governo se encontram no começo do ano (Yuri Gripas/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de dezembro de 2018 às 10h52.

Pequim- Representantes da China e dos Estados Unidos planejam se reunir em janeiro para negociarem cara a cara um acordo que ponha fim à guerra comercial entre os países, segundo revelou o Ministério do Comércio chinês nesta quinta-feira.

O porta-voz da pasta, Gao Feng, confirmou em entrevista coletiva em Pequim que as duas partes finalizam os detalhes da reunião, mas não deu mais informações a respeito.

"As duas partes realizaram preparativos específicos para realizarem consultas cara a cara em janeiro, além das intensas conversas por telefone que têm feito", disse Gao.

A fonte acrescentou que ambos os países tiveram um "contato próximo" sobre o tema mesmo durante as festas natalinas.

Nos últimos dias 19 e 24 foram feitas ligações entre vice-ministros. Na segunda delas, os representantes chineses e americanos tiveram uma "profunda troca de opiniões" sobre o desequilíbrio comercial e a proteção da propriedade intelectual.

Os presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Donald Trump, definiram um armistício de 90 dias em 1º de dezembro, durante um jantar realizado em meio à cúpula do G20, em Buenos Aires.

Desde então, a China adotou várias medidas de boa vontade como a redução de tarifas aos veículos importados dos Estados Unidos e o reatamento da compra de soja país, além da apresentação de um projeto de lei para proibir a transferência forçada de tecnologia.

Por sua parte, Trump suspendeu temporariamente o aumento de 10% a 25% das tarifas a produtos chineses avaliados em US$ 200 bilhões, mas alertou que seguiria em frente com o seu plano caso não haja um acordo comercial antes do fim do prazo de 90 dias.

No entanto, as negociações podem ser afetadas pelo conflito diplomático gerado pelo caso da diretora financeira da empresa chinesa Huawei, Meng Wanzhou, que foi detida no Canadá a pedido dos Estados Unidos. Ela é acusada de violar as sanções econômicas impostas ao Irã.

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