Economia

China diz que não busca "guerra cambial" após críticas de Trump

Ao longo de sua campanha eleitoral, Trump ameaçou impor tarifas punitivas contra a China a fim de reduzir o déficit comercial dos EUA

Trump criticou na terça-feira o Japão e a China, dizendo que os dois principais parceiros comerciais dos EUA estão desvalorizando suas moedas (China Photos/Getty Images)

Trump criticou na terça-feira o Japão e a China, dizendo que os dois principais parceiros comerciais dos EUA estão desvalorizando suas moedas (China Photos/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 10h01.

Pequim - A China disse nesta sexta-feira que nunca usou sua moeda como uma ferramenta para ganhar vantagem no comércio e que não está buscando uma "guerra cambial", depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou Pequim por prejudicar empresas norte-americanas e consumidores com uma desvalorização do iuan.

Ao longo de sua campanha eleitoral, Trump ameaçou impor tarifas punitivas contra a China a fim de reduzir o déficit comercial dos EUA, e qualquer declaração formal sobre a China ser manipuladora de moeda pode fornecer um mecanismo para executar a ameaça.

Trump criticou na terça-feira o Japão e a China, dizendo que os dois principais parceiros comerciais dos EUA estão desvalorizando suas moedas. As autoridades japoneses reagiram na quarta-feira, enfatizando que o Japão está cumprindo um acordo do G20 para de evitar desvalorização da moeda.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, disse que os problemas comerciais entre a China e os EUA devem ser resolvidos por meio de negociações.

"A China nunca usou e não usará uma guerra cambial para buscar vantagem comercial ou aumentar a competitividade no comércio", disse Lu a repórteres.

"Não temos intenção de disputar uma guerra cambial. De uma perspectiva de longo prazo, isso não é benéfico para a China", afirmou.

O banco central da China gastou centenas de bilhões de dólares em reservas para evitar que o iuan caísse ainda mais ante as saídas de capital, causadas pela incerteza econômica. Mesmo assim, a moeda ainda caiu quase 7 por cento no ano passado, seu maior recuo ante o dólar desde 1994.

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