Economia

China: demanda externa vai cair ainda mais até final do ano

As exportações da China cresceram 2,7% em agosto, 1% a mais em relação ao mês anterior, mas muito longe do 11,7% alcançado em maio


	Conteiners em porto na China: as exportações representam 25% do Produto Interno Bruto (PIB) chinês e empregam cerca de 200 milhões de pessoas no país
 (©AFP / Str)

Conteiners em porto na China: as exportações representam 25% do Produto Interno Bruto (PIB) chinês e empregam cerca de 200 milhões de pessoas no país (©AFP / Str)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2012 às 15h38.

Pequim - O governo chinês alertou nesta quarta-feira para a diminuição da demanda externa dos produtos nacionais no restante do ano.

Em entrevista coletiva, o porta-voz do Ministério de Comércio chinês, Shen Danyang, disse que "a demanda externa será mais fraca nos próximos meses do que no primeiro semestre e nos primeiros oito meses do ano".

O porta-voz atribuiu a previsão ao aumento do custo das exportações, a um clima desfavorável ao comércio e a uma queda da demanda externa devido à fraqueza da economia global, especialmente em função da crise da dívida na Europa.

As exportações da China cresceram 2,7% em agosto, 1% a mais em relação ao mês anterior, mas muito longe do 11,7% alcançado em maio.

Pequim atribuiu a fraqueza no comércio exterior à diminuição da demanda europeia. Na semana passada, a China apresentou uma série de medidas para encorajar as exportações, como um aumento do crédito para as empresas e uma aceleração na restituição dos impostos.

As declarações de Shen coincidem com a viagem do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, para participar da 15ª Cúpula China-União Europeia (UE), em Bruxelas, na qual será discutida o aumento da cooperação para contribuir com o fim da crise na Europa.

As exportações representam 25% do Produto Interno Bruto (PIB) chinês e empregam cerca de 200 milhões de pessoas no país.

A fraqueza no crescimento das exportações complica o objetivo traçado pelo governo chinês para este ano, de aumentar o PIB em 7,5%, número que já é menor do que em exercícios anteriores. 

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