Economia

China defende cotas de exportações de terras-raras

Segundo o governo chinês, os limites foram instaurados para proteger o meio ambiente e permitir o desenvolvimento sustentável

Área de extração de terras-raras no noroeste da China: o país é o maior produtor mundial desses 17 metais indispensáveis para fabricar produtos de alta tecnologia (Frederic J. Brown/AFP)

Área de extração de terras-raras no noroeste da China: o país é o maior produtor mundial desses 17 metais indispensáveis para fabricar produtos de alta tecnologia (Frederic J. Brown/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 07h36.

Pequim - Os limites impostos pela China às exportações de terras-raras (utilizadas em produtos de alta tecnologia) "cumprem as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)", afirmou o governo chinês, depois do anúncio de que os Estados Unidos preparam uma ação contra Pequim.

"Os percentuais foram instaurados para proteger o meio ambiente e permitir o desenvolvimento sustentável", afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Liu Weimin.

"Para nós, estas medidas estão de acordo com as regras da OMC", completou.

Segundo uma fonte da Casa Branca, que pediu anonimato, o governo americano deve anunciar nesta terça-feira a apresentação de uma reclamação à OMC conjunta com a União Europeia e o Japão.

A China é o maior produtor mundial de terras-raras, os 17 metais indispensáveis para fabricar produtos de alta tecnologia, utilizados dos mísseis aos telefones celulares, passando pelos veículos elétricos e usinas eólicas.

A vontade de Pequim de controlar as exportações de terras-raras provocou uma onda de protestos no exterior. Mais de 90% da produção destes metais procede da China, que dispõe de quase um terço dos recursos mundiais e onde a extração provoca graves danos ao meio ambiente e aos moradores.

A China fixou contas exportação para 2012 de 30.000 toneladas, o mesmo nível de 2011. Mas no ano passado, as exportações de terras-raras alcançou apenas metade do número anunciado.

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