A China produz a maior parte da carne suína que consome, mas também importa dos EUA, Espanha e Alemanha (Peter Andrews/Reuters/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 7 de agosto de 2018 às 14h05.
A China iniciou nesta terça-feira (7) inspeções maciças em fazendas que criam porcos depois de confirmar um surto de peste suína africana em Shenyang, na província de Lianoning, no nordeste do país. Na região, foi registrada a morte de sete porcos e mais 40 adoeceram com o vírus.
Com o objetivo de evitar a expansão da doença, que poderia representar uma grave ameaça para o mercado de suínos do país, as autoridades provinciais isolaram uma região perto da fazenda e já sacrificaram 8.116 porcos que viviam nos arredores, segundo publicou o jornal oficial Global Times.
Além disso, foram implementadas medidas de quarentena que vigorarão por seis semana. Foi anunciada ainda a proibição de transportar produtos procedentes da região isolada em Shenyang, assim como transferir porcos vivos e produtos derivados para outras cidades.
Outras fazendas da região ficarão fechadas até um novo aviso das autoridades.
A peste suína africana - que costuma afetar javalis-africanos, potamóqueros de rio (uma espécie de porco selvagem natural da região do Chifre da África) e carrapatos - não é contagiosa para os seres humanos, mas poderia ser uma ameaça para o mercado de suínos da China, que representa mais da metade do setor em nível global.
O país asiático produz a maior parte da carne de porco de que necessita para seu consumo, mas também importa o produto de outros países como Estados Unidos, Espanha e Alemanha.
O Ministério de Agricultura e Assuntos Rurais da China confirmou a existência do surto, mas não detalhou sua variedade. Esse dado é relevante já que uma cepa muito contagiosa poderia acabar com todos os animais de uma fazenda, enquanto uma menos perigosa poderia ter uma taxa de mortalidade de entre 10% e 30%.