Economia

China bloqueia vendas da Airbus em represália

O governo chinês é contra a taxa de carbono europeia

As vendas de 45 aeronaves - 10 superjumbo A380 e 35 A330 - estão em jogo
 (Tengku Bahar/AFP)

As vendas de 45 aeronaves - 10 superjumbo A380 e 35 A330 - estão em jogo (Tengku Bahar/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de março de 2012 às 10h00.

Paris - A China bloqueou as compras de aviões Airbus por parte das empresas do país em represália contra a taxa de carbono europeia, revelou Louis Gallois, presidente da matriz da Airbus, o grupo EADS.

"A Airbus sofre medidas de represália. O governo chinês se recusa a aprovar pedidos de aviões de longo percurso por parte das companhias chinesas", declarou Gallois, que pediu à União Europeia (UE) que desista de aplicar a taxa diante da oposição do resto do mundo.

As vendas de 45 aeronaves - 10 superjumbo A380 e 35 A330 - estão em jogo, destacou o presidente da EADS ao presentar os resultados de 2011 do grupo europeu de aeronáutica e defesa.

A Airbus anunciou que pretende elevar a produção do A330 a 11 aviões por mês a partir do segundo trimestre de 2014, mas desde que a taxa de carbono não provoque impacto nos pedidos de aviões".

A legislação europeia, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2012, obriga as companhias que operam na UE, independente da nacionalidade, a comprar o equivalente a 15% de suas emissões de CO2 - 32 milhões de toneladas - para lutar contra o aquecimento global.

Vinte e seis dos 36 membros da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) questionam a medida, incluindo China, Estados Unidos e Rússia.

Acompanhe tudo sobre:AirbusÁsiaAviaçãoChinaComércioComércio exteriorEmissões de CO2EmpresasEmpresas holandesasempresas-de-tecnologiaEuropaUnião Europeia

Mais de Economia

“Qualquer coisa acima de R$ 5,70 é caro e eu não compraria”, diz Haddad sobre o preço do dólar

“Não acredito em dominância fiscal e política monetária fará efeito sobre a inflação”, diz Haddad

China alcança meta de crescimento econômico com PIB de 5% em 2024

China anuncia crescimento de 5% do PIB em 2024 e autoridades veem 'dificuldades e desafios'