Economia

China assegura investimento em alta e imune às crises

"Acreditamos que o Brasil é o país do futuro e confiamos na economia, independente do contexto internacional", disse conselheiro do Consulado da China em SP


	Petróelo: segundo conselheiro, setores que devem seguir com prospecção de investimentos no país são automotivo, máquinas de construção, financeiro, energia e petróleo e gás
 (REUTERS/Victor Ruiz Garcia)

Petróelo: segundo conselheiro, setores que devem seguir com prospecção de investimentos no país são automotivo, máquinas de construção, financeiro, energia e petróleo e gás (REUTERS/Victor Ruiz Garcia)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 18h09.

Ribeirão Preto - Os investimentos chineses no Brasil, que somaram US$ 7,6 bilhões até o ano passado, seguirão em alta, mesmo com a recente crise no mercado mundial e diante das incertezas econômicas do país.

A avaliação foi feita nesta quinta-feira, 20, pelo conselheiro comercial do Consulado da China em São Paulo, Yu Yong.

"Acreditamos que o Brasil é o país do futuro e confiamos na economia, independente do contexto internacional", disse Yong ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, em evento do Lide em Ribeirão Preto (SP).

Segundo o conselheiro comercial, os setores que mais atraem e devem seguir com a prospecção de investimentos no país são o automotivo, máquinas de construção, financeiro, energia e petróleo e gás.

"As condições recentes de investimento nesses setores são excelentes", afirmou Yong, responsável no consulado pelos acordos comerciais de empresas chinesas no Brasil no Estado de São Paulo e nos três estados da Região Sul.

Outro setor que pode atrair empresas chinesas é o da agroindústria, segundo Yong, apesar da pouca presença de investidores do país no Brasil. "É necessário um trabalho de orientação para que os investimentos ocorram", concluiu.

Para Frederico Hanczaryk, diretor de consultoria e estratégico do Centro de Intercâmbio Econômico-comercial Brasil China, a intenção dos chineses é ter participação em empresas do agronegócio do Brasil como acionistas, em joint ventures. Segundo ele, investidores chegaram a até procurar negócios em usinas de açúcar e etanol, mas recuaram diante da crise no setor.

"Os chineses até tiveram interesse em usinas, mas os indicadores estão muito ruins, péssimos, e, provavelmente, não vão investir tão cedo. Se os próprios investidores e bancos do Brasil estão reticentes, os chineses também estão", afirmou Hanczaryk.

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