Economia

China aperta fiscalização em sorgo importado dos EUA

Escritório de quarentena chinês pediu no mês passado que as autoridades locais apertem a fiscalização do sorgo e da cevada


	Sorgo: medida ocorre depois de a China rejeitar mais de 1 milhão de toneladas de milho dos EUA
 (Wikimedia Commons)

Sorgo: medida ocorre depois de a China rejeitar mais de 1 milhão de toneladas de milho dos EUA (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2014 às 12h41.

Pequim - Autoridades chinesas estão aumentando as verificações em carregamentos de sorgo dos Estados Unidos, disseram operadores, potencialmente reduzindo os embarques originados no maior exportador global do grão que é considerado um substituto para o milho.

Quatro operadores com conhecimento direto do assunto disseram que o escritório de quarentena chinês pediu no mês passado que as autoridades locais apertem a fiscalização do sorgo e da cevada, em busca de impurezas como resíduos de pesticidas e metais pesados.

Um porta-voz do escritório de quarentena não quis comentar o assunto imediatamente.

A medida ocorre depois de a China rejeitar mais de 1 milhão de toneladas de milho dos EUA devido à presença de uma variedade transgênica não autorizada por Pequim.

As fábricas chinesas de ração têm aumentado suas compras de sorgo dos EUA como um substituto barato para o milho doméstico, que é negociado a preços inflados pela política de apoio do governo aos agricultores.

"Há preocupações no mercado, que deverá reduzir importações de sorgo nos meses posteriores", disse o analista Zhang Yan, da Shanghai JC Intelligence (JCI).

A JCI reduziu sua estimativa de importação de sorgo pela China em 2014/15 para 1,6 milhão de toneladas, ante 3,9 milhões de sua previsão anterior.

A China é o maior comprador de sorgo dos EUA, e suas fábricas compram quase todo o sorgo que consomem dos norte-americanos.

"Os carregamentos já agendados ou a caminho da China podem não ter nenhum problema, mas os carregamentos feitos depois do aviso podem enfrentar problemas", disse uma outra fonte da indústria, que pediu para não ser identificada porque não é autorizada a falar com a imprensa.

"Alguns dos maiores compradores já foram informados de verificações rigorosas", disse a fonte.

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