Economia

China anuncia tarifas de 25% sobre US$ 50 bi em produtos dos EUA

EUA levaram adiante ameaça feita anteriormente e anunciaram a imposição de tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em produtos chineses

China: ministério apontou que as medidas americanas "violaram as regras relevantes da OMC" (Hyungwon Kang/Reuters)

China: ministério apontou que as medidas americanas "violaram as regras relevantes da OMC" (Hyungwon Kang/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de junho de 2018 às 15h41.

Última atualização em 15 de junho de 2018 às 15h42.

O Ministério de Finanças da China anunciou nesta sexta-feira, 15 que irá impor tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em produtos importados dos Estados Unidos, como medida retaliatória às barreiras impostas por Washington a bens chineses.

Como justificativa, o Ministério apontou que as medidas americanas "violaram as regras relevantes da Organização Mundial do Comércio (OMC) e são contrárias ao consenso alcançado nas negociações sino-americanas, que violam seriamente nossos direitos e interesses legítimos e ameaçam os interesses de nosso povo e de nosso país".

O ministério também informou que, a partir de 6 de julho de 2018 serão impostas tarifas de aproximadamente US$ 34 bilhões em mercadorias americanas e o tempo de implementação das barreiras adicionais sobre outras commodities será anunciado separadamente. 

De acordo com a China, produtos agrícolas e automóveis americanos estão entre os itens que sofrerão tarifas já no início do próximo mês.

Durante a manhã, os EUA levaram adiante a ameaça feita anteriormente ao anunciarem a imposição de tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em produtos chineses. O argumento utilizado pelo governo de Donald Trump foi o de que os EUA precisam reagir à transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual americanas. 

Em sua nota, a administração citou que no total 1.102 produtos chineses foram alvos, em áreas como a aeroespacial, da indústria de informação, tecnologia de comunicações, maquinário industrial e novos materiais e automóveis, mas comentou que não serão alvos produtos "comumente comprados por consumidores americanos, como celulares ou televisores".

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