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China anuncia que fechará siderúrgicas que poluírem

São Paulo - A China anunciou novas regras ambientais para as siderúrgicas e ameaçou fechar as empresas que não obedecerem aos limites de emissões e descarte de resíduos. As regras têm os objetivos de reduzir a poluição e diminuir a capacidade ociosa do setor, que neste ano poderá atingir 200 milhões de toneladas de aço, […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - A China anunciou novas regras ambientais para as siderúrgicas e ameaçou fechar as empresas que não obedecerem aos limites de emissões e descarte de resíduos. As regras têm os objetivos de reduzir a poluição e diminuir a capacidade ociosa do setor, que neste ano poderá atingir 200 milhões de toneladas de aço, seis vezes a produção do Brasil. A expectativa do governo é que a adoção de limites mais rigorosos leve ao fechamento de pequenas siderúrgicas ineficientes e poluidoras. O anúncio foi feito na 15ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-15), em Copenhague.

A produção de aço na China é extremamente fragmentada e as autoridades de Pequim têm dificuldade de conter a produção de centenas de fabricantes espalhadas pelo país. O setor consome muita energia, o que agrava seu impacto poluente. Cerca de 70% da matriz energética chinesa é formada por carvão, o mais poluente entre os combustíveis fósseis. Analistas acreditam que existem em território chinês quase 400 siderúrgicas movidas a carvão com capacidade de produção inferior a 1 milhão de toneladas/ano.

A dependência do carvão e o ritmo de crescimento da China nos últimos 30 anos transformaram o país no maior emissor de gases causadores do efeito estufa. A poluição contamina 70% dos rios, lagos e reservatórios e provoca a desertificação e o registro de chuva ácida em pelo menos 30% do território.

De acordo com a proposta de regulamentação publicada no site do Ministério da Indústria e da Tecnologia da Informação, cada tonelada de aço produzido deverá gerar no máximo 1,8 quilo de emissões de dióxido sulfúrico e 2 m³ de água contaminada. O texto está aberto a sugestões até 16 de dezembro. A proposta foi divulgada no segundo dia da Conferência do Clima na capital dinamarquesa, na qual os países emergentes pressionam as nações desenvolvidas para adotar metas ambiciosas de cortes nas suas emissões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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