Economia

Chile acredita em convergência entre blocos econômicos

Vice-ministro chileno afirmou que o segundo turno das eleições não alterará o interesse brasileiro em uma aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico


	Líderes dos países membros do mercosul: governo do Chile acredita em convergência entre a Aliança do Pacífico e o bloco sul-americano
 (Leo Ramirez/AFP)

Líderes dos países membros do mercosul: governo do Chile acredita em convergência entre a Aliança do Pacífico e o bloco sul-americano (Leo Ramirez/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 15h34.

Brasília - O governo do Chile acredita que nos próximos meses serão dados "importantes" passos para uma "convergência" entre a Aliança do Pacífico e o Mercosul, afirmou nesta terça-feira à Agência Efe o vice-ministro chileno de Comércio Exterior, Andrés Rebolledo.

"Trata-se da convergência na diversidade", explicou em Brasília, onde nesta terça-feira realiza uma visita de trabalho para um encontro bilateral sobre comércio e assuntos econômicos, que não era realizado desde 2011.

Segundo o vice-ministro chileno, o segundo turno das eleições no dia 26 não alterará o interesse já manifestado pelo Brasil em uma aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico.

"Além da atual conjuntura política, o Brasil exerce um papel importante na integração latino-americana. É um ator global no novo espaço multipolarizado que se constrói", disse Rebolledo.

O governo de Dilma Rousseff, candidata à reeleição, já manifestou o interesse em aproximar o bloco que o Brasil integra com a Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela à Aliança do Pacífico, formada pela Colômbia, Chile, México e Peru.

Rival da petista na corrida eleitoral, o tucano Aécio Neves coloca a possível aproximação à Aliança do Pacífico como uma "prioridade" em seu projeto de promover maior abertura de mercados apoiada em interesses mais econômicos que políticos.

De acordo com Rebolledo, independentemente do resultado das eleições no Brasil, "a abordagem da convergência entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico continua sendo válida e o Brasil será um dos pilares nos quais essa futura sociedade se apoiará".

Rebolledo informou também que no dia 24 de novembro será realizado no Chile um seminário que reunirá chanceleres dos países dos dois blocos, empresários e representantes de órgãos regionais, como a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) ou a União de Nações Sul-americanas (Unasul).

O vice-ministro explicou que, além disso, para "dar mais projeção para o resto da América Latina", foi convidada uma delegação da Guatemala, pois a intenção é que a "convergência" entre ambos os blocos de estenda ao resto da região.

Sobre as relações bilaterais entre Brasil e Chile, Rebolledo declarou que existe uma dinâmica econômica e comercial que não será alterada com o resultado das eleições e tende a se reforçar.

Rebolledo afirmou que o Brasil é o primeiro parceiro comercial do Chile na América Latina e o quinto no mundo, além de constituir hoje o "principal mercado para o investimento" chileno, que já soma 25 bilhões de dólares na economia brasileira.

"O Brasil é um país essencial" para o processo de integração na América Latina e para o próprio Chile, declarou.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaChileDados de BrasilMercosul

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE