Economia

Chanceler argentino rebate críticas de Serra ao Mercosul

Buenos Aires - O chanceler argentino Jorge Taiana retrucou as declarações do pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, que na terça-feira, em palestra na Federação de Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), classificou o Mercosul como uma "farsa" e "uma barreira para que o Brasil possa fazer acordos comerciais". "Não acho que esta […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Buenos Aires - O chanceler argentino Jorge Taiana retrucou as declarações do pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, que na terça-feira, em palestra na Federação de Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), classificou o Mercosul como uma "farsa" e "uma barreira para que o Brasil possa fazer acordos comerciais". "Não acho que esta seja posição do Brasil, nem da maioria de seus setores econômicos e políticos", rebateu.

Homem de confiança da presidente Cristina Kirchner, Taiana afirmou que "o Mercosul não somente está vivo, mas também com projeção para o futuro. Vamos demonstrá-lo com fatos concretos", disse.

Taiana - que também foi chanceler na segunda metade do governo do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) - tentou ser cauteloso ao relativizar as declarações de Serra como meras "declarações de campanha". Segundo o chanceler argentino - que explicou que não havia lido o contexto das afirmações de Serra - "não devemos tomar as declarações de campanha necessariamente como a totalidade do pensamento sobre o assunto". No entanto, o chanceler admitiu que "o bloco pode ter tarefas pendentes, mas certamente é um compromisso estratégico dos países que o formam".

A réplica do chanceler argentino transformou-se na primeira observação pública emitida por representantes do governo Kirchner sobre declarações dos candidatos brasileiros que estão em pré-campanha eleitoral.

Recentemente, em uma reunião com aliados na residência do governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, o ex-presidente Néstor Kirchner expressou de forma reservada sua preferência perante o cenário político brasileiro. "Espero que Dilma Rousseff possa continuar com aquilo que o Lula iniciou".

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