Economia

Chance de aprovação da Previdência cai com denúncia contra Temer

Segundo a Moody's, é improvável que o governo consiga avançar com a reforma antes de o Congresso votar a denúncia feita por Janot

Michel Temer: se empurrado para o calendário de 2018, o projeto será ainda mais difícil de ser aprovado (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: se empurrado para o calendário de 2018, o projeto será ainda mais difícil de ser aprovado (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de julho de 2017 às 10h12.

Última atualização em 3 de julho de 2017 às 10h15.

São Paulo - As chances de aprovação da reforma da Previdência diminuíram após o presidente Michel Temer ter sido denunciado por receber propina da JBS, afirma a agência de classificação de risco Moody's.

Em nota, a Moody's diz ser improvável que o governo consiga avançar com a reforma antes do Congresso votar a denúncia criminal feita pelo procurador-geral, Rodrigo Janot. Com isso, caem as chances de o projeto ser votado este ano, o que empurra o calendário para 2018.

O problema é que, com a proximidade cada vez maior das eleições, "uma reforma que reduz benefícios sociais e eleva a idade mínima para a aposentadoria se torna cada vez mais intragável", diz a agência de rating.

A Moody's nota que Temer tem amplo apoio na Câmara dos Deputados e acredita que ele deva sobreviver às denúncias. Por outro lado, a formalização das acusações "cria tensões políticas adicionais e reduz a capacidade do governo de receber apoio suficiente do Congresso para aprovar uma reforma ampla da Previdência, pesando sobre as perspectivas fiscais e econômicas do Brasil".

Acompanhe tudo sobre:Michel TemerGoverno TemerReforma da Previdência

Mais de Economia

LRCap 2026: governo abre consulta pública para leilão que mexe com futuro do setor energético

Linha de crédito de R$ 30 bi para exportadores afetados pelo tarifaço terá juros de até 0,82% ao mês

Leilão de energia para hidrelétricas atrai R$ 5,4 bilhões em investimentos

BNDES anuncia linha de crédito de R$ 3 bilhões para mitigar efeitos do tarifaço de Trump