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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) desistiu de fazer uma resolução para restringir a ida de médicos a eventos científicos com o patrocínio da indústria farmacêutica. A regulação específica do tema poderia provocar punições, entre elas até a cassação do médico que a desrespeitasse.
Um eventual acordo com a indústria farmacêutica também foi protelado para mais discussões. "Não queremos resolução proibindo. Seria difícil fiscalizar. Queremos agir na base do convencimento, da argumentação", afirmou o presidente do CFM, Roberto D Ávila.
No fim de junho, ao anunciar a promessa, D' Ávida disse a um jornal que a restrição, especialmente para viagens de médicos que não vão apresentar trabalhos científicos, era um caminho sem volta. Afirmou ainda que, se não ocorresse acordo com a indústria, a medida seria feita via resolução e prometeu apresentar a proposta no dia 16 de julho.
A ideia, afirma agora o presidente do CFM, é buscar um termo de ajustamento de conduta com a indústria para evitar situações como a viagem patrocinada de profissionais que não apresentam trabalhos científico nos eventos. Os médicos, no entanto, não poderão ser punidos com base nesse termo.
Segundo a reportagem apurou, houve forte reação de médicos, especialmente da Associação Médica Brasileira (AMB), e da indústria promotora de eventos. Mesmo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - que tentou recentemente disciplinar a relação entre laboratórios e médicos - tem se manifestado reservadamente contra a medida, por considerar que ela limita as possibilidades de atualização científica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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