Economia

Cesta básica fica mais cara em 15 de 18 capitais pesquisadas

Apesar do avanço, a intensidade do aumento foi menor do que no mês passado, quando houve correções em todas as capitais


	Produtos da cesta básica: no acumulado do ano, todas as capitais indicaram avanços de preços com destaque para Salvador (18,9%), Natal (18,20%) e Aracaju (16,83%).
 (Jorge Araújo/Folha Imagem)

Produtos da cesta básica: no acumulado do ano, todas as capitais indicaram avanços de preços com destaque para Salvador (18,9%), Natal (18,20%) e Aracaju (16,83%). (Jorge Araújo/Folha Imagem)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Os preços dos produtos da cesta básica subiram, em fevereiro, em 15 das 18 capitais onde é feita a Pesquisa Nacional da Cesta Básica pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Apesar do avanço, a intensidade do aumento foi menor do que no mês passado, quando houve correções em todas as capitais.

As três maiores altas foram constatadas em Recife (8,35%), Fortaleza (7,22%) e João Pessoa (7,11%). Ocorreram quedas em Vitória (-0,63%), Goiânia (-0,56%) e Brasília (-0,24%). A capital federal entre as cidades que apresentaram os maiores aumentos no mês de janeiro, com alta de 11,3%.

A capital paulista continua ocupando o topo da lista entre as cestas mais caras do país, com valor de R$ 326,59, seguida de Porto Alegre (R$ 318,16), Florianópolis (R$ 314,46) e Manaus (R$ 314,18). Em sentido oposto, os preços mais baixos foram encontrados em Aracaju (R$ 238,40), Campo Grande (R$ 269,38) e Salvador (R$ 270,04).

O salário mínimo calculado pelo Dieese como o necessário para suprir as despesas essenciais das famílias chegou a R$ 2.743,69 – valor 4,05 vezes superior ao mínimo em vigor, de R$ 678. O valor do teto superou o estimado para janeiro (R$ 2.674,88), montante 3,95 vezes maior que o piso vigente. O cálculo também ficou bem acima da quantia estimada para igual mês do ano passado - R$ 2.323,21, quantia 3,74 vezes superior ao mínimo estabelecido para aquela época (R$ 622).


No acumulado do ano, todas as capitais indicaram avanços de preços com destaque para Salvador (18,9%), Natal (18,20%) e Aracaju (16,83%). Os menores reajustes ocorreram em Belém (5,57%), São Paulo (7,11%) e Vitória (7,74%).

Já nos últimos 12 meses, os maiores aumentos foram verificados em Salvador (32,03%), Natal (29,82%) e Fortaleza (29,29%) e os menores em Goiânia (14,06%), Belém (15,21%) e Rio de Janeiro (16,46%). O Dieese observou, porém, que há um ano, Campo Grande não fazia parte do grupo pesquisado. No bimestre, a localidade teve alta de 10,88%.

Entre os itens que mais puxaram a alta da cesta estão o feijão, que ficou mais caro em 16 capitais, com destaque para Belo Horizonte (12,23%); o tomate também com alta em 16 localidades e com maior correção em Recife (56,7%); a batata, mais cara em dez capitais e, novamente, destaque para Belo Horizonte ( 33,9%) e a carne bovina, com elevação em 11 das 18 capitais, e a maior alta em Manaus (2,52%).

Acompanhe tudo sobre:AlimentosConsumidoreseconomia-brasileiraTrigo

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos