Cepal reduziu a projeção de crescimento do PIB brasileiro para 1,4% (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2014 às 13h48.
Brasília - A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) reduziu a projeção para o crescimento da economia brasileira e da região este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu de 2,3% para 1,4%. Para a América Latina e Caribe, a projeção passou de 2,7% para 2,2%.
Segundo a Cepal, a revisão para baixo na projeção de crescimento ocorreu devido à debilidade da demanda externa da região, ao baixo dinamismo da demanda interna, ao investimento insuficiente e ao limitado espaço para a implementação de políticas que impulsionem a reativação da economia.
O Relatório Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2014 indica que a desaceleração econômica observada no último trimestre de 2013 manteve-se nos primeiros meses de 2014, o que fará com que a região apresente um crescimento inferior ao do ano passado, 2,5%. Entretanto, aponta que uma possível melhora no desempenho de algumas das principais economias do mundo poderá permitir mudança nessa tendência para o final de 2014.
De acordo com a análise da Cepal, a retomada do crescimento econômico dos Estados Unidos beneficiará o México e os países da América Central, enquanto a recuperação do Reino Unido e de várias economias da zona do euro terá um impacto positivo, em especial no Caribe, devido ao maior fluxo de turistas.
O menor crescimento da China previsto para 2014 é o principal risco, ressalta o relatório. As economias da região mais especializadas na exportação de matérias-primas destinadas a esse país poderão ser afetadas se a economia chinesa não conseguir manter seu crescimento acima de 7%.
Na região, o crescimento em 2014 será encabeçado pelo Panamá, com uma elevação em seu Produto Interno Bruto (PIB) de 6,7%. Em seguida, a Bolívia (5,5%), a Colômbia, a República Dominicana, o Equador e a Nicarágua, com expansões de 5%. Na Argentina, o PIB crescerá apenas 0,2% e na Venezuela haverá retração de 0,5%.