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Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2012 às 17h09.
Santiago do Chile - O crescimento da América Latina e do Caribe se desacelerará até 3,2% em 2012, contra os 3,7% projetados em junho, por causa da fraqueza econômica mundial, segundo as previsões divulgadas nesta terça-feira pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe.
Essa freada do crescimento, que se compara com os 4,3% registrados em 2011, se deve em grande medida à menor expansão de Brasil e Argentina, que têm um peso considerável dentro do Produto Interno Bruto (PIB) da região e que alcançarão taxas de 1,6%, e 2% respectivamente.
Após seu descenso em 2012, a Cepal prevê uma recuperação para Argentina e Brasil em 2013, o que explicaria a maior parte do aumento do crescimento médio da região nesse ano, que chegaria a 4%.
"A fraqueza da economia mundial, causada principalmente pelas dificuldades que enfrentam Europa, Estados Unidos e China, incidiu" no crescimento da região, informa a Cepal em seu Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2012, apresentado hoje em Santiago do Chile.
De acordo com o organismo das Nações Unidas, a desaceleração mostrada pelas economias durante 2011 se estendeu durante o primeiro semestre de 2012, o que fará com que a região cresça menos que em anos anteriores.
Segundo suas estimativas, o crescimento será liderado pelo Panamá, com 9,5%, seguido de Haiti (6%) e Peru (5,9%).
Segundo o documento, o consumo privado foi o principal impulsor da expansão regional, graças à favorável evolução dos mercados trabalhistas, o aumento do crédito e, em alguns casos, das remessas.
No entanto, o esfriamento da demanda externa e a queda dos preços da maioria dos bens básicos de exportação transformaram o comércio exterior no principal canal de contágio das crises internacionais.
Ainda assim, a Cepal conclui que a maioria dos países tem hoje espaço fiscal para reagir a essa situação.
O cenário previsto para 2013 contempla uma continuação da tendência levemente descendente do crescimento da maior parte dos países sul-americanos, que são mais dependentes das exportações de produtos básicos à China.
Por outro lado, o México e as nações centro-americanas teriam um crescimento similar ao de 2012.