Economia

CEO do Société Générale diz que paraísos fiscais acabaram

Bancos suíços, no mês passado, vieram a público pedir desculpas por seus papéis em ajudar trapassas fiscais


	Societe Generale: fiscalização mais vigorosa significa efetivamente que lei dos EUA que requer que os bancos estrangeiros enviem informações sobre os correntistas se tornou desnecessária
 (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Societe Generale: fiscalização mais vigorosa significa efetivamente que lei dos EUA que requer que os bancos estrangeiros enviem informações sobre os correntistas se tornou desnecessária (Pascal Le Segretain/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 14h11.

Paris - A prática de enviar dinheiro para países sem cobrança de impostos ou com taxas muito baixas como a Suíça, para evitar o pagamento de impostos mais altos no país de origem, está acabada, disse o presidente do banco francês Société Générale na terça-feira.

"Com todas as reformas atuais que foram feitas por vários governos, os paraísos fiscais - ou as pessoas com contas bancárias secretas escondidas em algum lugar para evitar as autoridades fiscais - na minha visão, isso está acabado", disse o presidente-executivo do Société Générale, Frederic Oudea, ao canal de televisão francês BFM.

Citando o exemplo da Suíça, ele disse: "O que está acontecendo agora significa que ninguém mais vai querer aceitar este tipo de risco".

Os bancos suíços, no mês passado, vieram a público pedir desculpas por seus papéis em ajudar trapassas fiscais, depois de um acordo histórico com autoridades dos Estados Unidos permitindo que os bancos revelassem as evasões de divisas de clientes norte-americanos e pagassem uma multa para evitar processos judiciais.

A fiscalização mais vigorosa significa efetivamente que uma lei dos EUA que requer que os bancos estrangeiros enviem informações sobre os correntistas se tornou desnecessária, segundo Oudea.

O Foreign Account Tax Compliance Act, ou FATCA, promulgada em 2010 mas que entra em vigor em julho de 2014, e requer que instituições financeiras estrangeiras informem as autoridades fiscais dos EUA sobre contas de norte-americanos de mais de 50 mil reais.

"O uso de contas secretas está sendo substituído por fundos de investimento offshore e fundações secretas", disse ele. "Também estamos observando um número maior de jurisdições, com Hong Kong, Cingapura, Maurício rapidamente ganhando fatias do mercado, e isso é em parte reflexo do que está acontecendo conforme a riqueza mundial se concentra no Oriente".

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