Economia

CEO da JBS diz que ajuste fiscal precisa ser feito no país

Segundo Batista, o pessimismo em relação a essas mudanças não tem se traduzido em menor demanda pelos produtos da companhia


	Wesley Batista, da JBS: o empresário também citou que é favorável a uma agenda de reformas tributária e estrutural para o país
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Wesley Batista, da JBS: o empresário também citou que é favorável a uma agenda de reformas tributária e estrutural para o país (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2015 às 14h44.

São Paulo - O CEO global da JBS, Wesley Batista, afirmou nesta terça-feira, 7, que o ajuste econômico promovido pelo governo federal precisa ser feito e que o pessimismo em relação a essas mudanças não tem se traduzido em menor demanda pelos produtos da companhia.

A declaração foi dada pelo executivo durante palestra no 2º Brazil Investment Fórum, promovido pelo Banco Bradesco, em São Paulo.

"Achamos que os ajustes serão feitos e que a direção é correta", afirmou Batista.

"E não o temos sentido concretamente do lado da demanda. O pessimismo, na nossa avaliação, é maior que o reflexo que assistimos na demanda", disse.

O empresário também citou que é favorável a uma agenda de reformas tributária e estrutural para o País, sem entrar em detalhes.

O CEO da JBS afirmou que as condições macroeconômicas advindas do ajuste fiscal do governo, tais como a depreciação do câmbio e a retração do Produto Interno Bruto (PIB), devem afetar em igual medida as concorrentes do setor.

"O que diferenciará as companhias é o quão eficiente cada uma é; o quão bem cada uma opera, e aí as oportunidades não faltam. Pelo contrário, estamos otimistas de que o Brasil terá oportunidades extraordinárias", reforçou.

Expansão

A JBS não tem plano de expandir suas atividades na China no médio prazo, afirmou Batista. A declaração foi dada em sessão do fórum de perguntas e respostas com analistas, em que o executivo foi questionado sobre a expansão da empresa na China e na Índia.

Em sua resposta, Batista não citou especificamente os planos para o segundo país.

"Não temos planos a médio prazo para a China", afirmou. "Achamos que há muito espaço na América do Sul, América Latina e Austrália antes de ir para a China."

Batista também citou a América do Norte e a Europa como algumas das áreas de maior atenção para a administração da empresa.

"Continuamos mais focados nas áreas em que já temos uma presença forte", disse.

Batista ressaltou, ainda, que a companhia mantém sua estratégia de diversificação e continuará atuando em mercados de proteínas animais e outro produtos, com o foco para se tornar uma multinacional do ramo alimentício, e não somente uma produtora de carne bovina.

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