Economia

Centros comerciais da Venezuela vão racionar energia

Comércio terá que gerar a própria energia elétrica durante quatro horas por dia


	Sede da Federação de Câmaras e Associações de Comércio (Fedecamaras) da Venezuela: centros terão que racionar energia
 (Juan Barreto/AFP)

Sede da Federação de Câmaras e Associações de Comércio (Fedecamaras) da Venezuela: centros terão que racionar energia (Juan Barreto/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2016 às 16h19.

CARACAS - A Venezuela ordenou que centros comerciais gerem sua própria eletricidade durante quatro horas por dia a partir desta quarta-feira, como parte de um plano de racionamento para enfrentar os efeitos do fenômeno climático El Niño sobre o país, que vive uma severa crise econômica.

A medida do governo venezuelano aponta que os estabelecimentos deverão produzir a própria energia elétrica entre as 13h e 15h, e entre as 19h e 21h.

O ministro de energia elétrica, Luis Motta Domínguez, disse que a medida será aplicada por quatro meses e será válida para estabelecimentos que excedam 100 KVA em potência.

Ele afirmou que o fornecimento aos centros comerciais será realizado pelo sistema elétrico do país durante o resto do dia.

Para os empresários do setor, as plantas geradoras de eletricidade de alguns centros comerciais "não foram desenhadas para suprir toda a capacidade" de energia.

Ao meio-dia desta quarta-feira, algumas lojas de centros comerciais da capital permaneciam fechadas, mas praças de alimentação e cinemas funcionavam normalmente, disseram testemunhas à Reuters.

Os cortes de luz e racionamentos de água são comuns no país, e o governo tem culpado a seca que afetou os reservatórios.

A Venezuela atravessa um difícil quadro econômico, que inclui uma das taxas de inflação mais altas do mundo e uma escassez de bens básicos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrise econômicaEnergiaEnergia elétricaServiçosVenezuela

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo