Economia

Cenário mais pessimista é PIB de 0,8% no 4º tri, diz Mantega

O ministro da Fazenda afirmou que a economia voltou a se acelerar no segundo semestre deste ano

Guido Mantega: "É inquestionável que há uma aceleração do crescimento. Talvez não no ritmo que gostaríamos", afirmou o ministro (Valter Campanato/ABr)

Guido Mantega: "É inquestionável que há uma aceleração do crescimento. Talvez não no ritmo que gostaríamos", afirmou o ministro (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 13h37.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira que a economia voltou a se acelerar no segundo semestre deste ano e previu que, no cenário mais pessimista, o PIB crescerá 0,8% no quarto trimestre de 2012 ante o período imediatamente anterior.

Mantega afirmou que a previsão do Credit Suisse é de uma expansão de 1,3% e da LCA, de 1,5%. "Em qualquer cenário vai ter crescimento no quarto trimestre", afirmou em audiência pública Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Ele lembrou que a economia começou este ano desacelerando, em função da agudização da crise europeia no segundo semestre de 2011. "É inquestionável que há uma aceleração do crescimento. Talvez não no ritmo que gostaríamos", afirmou.

E destacou as medidas cambiais, fiscais e de política monetária adotadas pelo governo para combater os efeitos da crise financeira internacional. Segundo ele, houve uma importante redução do spread bancário, foi estabelecido um novo patamar do câmbio, que torna os manufaturados mais competitivos, além de todas as medidas do Plano Brasil Maior para estimular os investimentos e as exportações.


Mantega disse ainda que há um empenho do governo para estimular os investimentos públicos e privados. "Uma boa forma de enfrentar a crise é com investimentos, principalmente de infraestrutura", disse.

O ministro ressaltou que algumas medidas anunciadas pelo governo entram em vigor apenas em 2013, como a redução do custo da energia e a ampliação da desoneração da folha de salários. Além disso, ele destacou que é natural que haja lapso de tempo para que a redução dos juros façam efeitos.

Segundo Mantega, pode levar entre seis a 10 meses para que a economia possa sentir a redução da taxa Selic. "A redução de juros tem grande eficácia no médio prazo para a economia brasileira", afirmou.

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