Economia

Ceia de Natal fica 5,44% mais cara neste ano, aponta FGV

Os brasileiros terão de gastar mais para comemorar a data este ano


	Panetone: o quilo das frutas cristalizadas ficou 16,46% mais caro
 (Wikimedia Commons)

Panetone: o quilo das frutas cristalizadas ficou 16,46% mais caro (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 12h48.

Rio - Os brasileiros terão de gastar mais para comemorar o Natal este ano, estimou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Os itens que tradicionalmente fazem parte da ceia natalina subiram em média 5,44% em relação a igual período do ano passado.

Os preços que mais avançaram foram os das frutas cristalizadas, mas o frango especial e o tender ficaram mais baratos, o que contribuiu para o índice ficar abaixo da inflação geral no período.

Segundo a FGV, o quilo das frutas cristalizadas ficou 16,46% mais caro. Também deixaram a ceia mais salgada a avelã (13,27%), a castanha do Pará (11,82%), as nozes (8,99%), o bacalhau (4,77%) e o panetone (2,75%). Por outro lado, deram alívio o frango especial (-10,06%) e o tender (-6,91%).

No acumulado em 12 meses até novembro deste ano, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), também apurada pela FGV, avançou 6,81%.

Mas uma versão estendida da lista mostra que a inflação natalina superou a média. Quando incluídos outros produtos, como legumes, bebidas e outras carnes utilizados pelos brasileiros para fazer a ceia de Natal, o acumulado resulta em alta de 8,38%.

Nesta lista expandida, os vilões são a cebola (43,76%), lombo (13,06%), pernil (18,26%), azeitona (14,42%) e vinho (11,89%).

"A oferta e a multiplicidade de marcas pode explicar a diferença na dinâmica dos preços do vinho e do bacalhau, por exemplo", avalia o economista da FGV André Braz, responsável pelo levantamento.

Presentes

Já os preços dos presentes ficaram abaixo da inflação, com reajuste médio de 4,08% entre dezembro do ano passado e novembro de 2014, estima a FGV.

Roupas, calçados e artigos esportivos estão entre os produtos que menos subiram de preço. Mesmo assim há itens que avançaram além dessa taxa, como relógios (9,36%) e bijuterias (7,51%).

Os equipamentos eletrônicos, porém, ficaram apenas 0,39% mais caros nos 12 meses até novembro.

"Mas a compra de alguns produtos exige preparo financeiro do consumidor. Itens de valor mais elevado como televisores, por exemplo, se financiados, podem subir muito de preço. A dica é comprá-los à vista para fugir das taxas de juros embutidas nos preços", destaca Braz. Além disso, ele salienta que o dólar mais alto pode influenciar no preço de alguns itens.

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