Economia

CCEE escolherá banco para gerir empréstimo a distribuidoras

Operação de financiamento de cerca de 8 bilhões de reais vai cobrir despesas das distribuidoras com compra de energia mais cara


	Estação de distribuição de energia: Aneel aprovou nesta quinta-feira abertura de audiência pública, entre os dias 4 e 14 de abril, com a minuta de resolução que vai regulamentar a operação
 (Marcos Issa/Bloomberg News)

Estação de distribuição de energia: Aneel aprovou nesta quinta-feira abertura de audiência pública, entre os dias 4 e 14 de abril, com a minuta de resolução que vai regulamentar a operação (Marcos Issa/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 14h12.

Brasília - A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) deverá escolher um banco para gerir a operação de financiamento, de cerca de 8 bilhões de reais, que vai cobrir despesas das distribuidoras com compra de energia mais cara, disse nesta quinta-feira o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone.

A Aneel aprovou nesta quinta-feira abertura de audiência pública, entre os dias 4 e 14 de abril, com a minuta de resolução que vai regulamentar a operação.

O banco gestor faz parte da regulamentação proposta pela agência. Pepitone explicou também que, pela proposta, os consumidores de energia elétrica do país começarão a pagar o empréstimo contratado pela CCEE a partir dos reajustes tarifários de 2015.

"O recolhimento começa a partir de 2015, mas a devolução para os bancos ocorre em dois anos, 2016 e 2017, de tal sorte que a conta acumula recursos a partir do processo tarifário de 2015", disse Pepitone a jornalistas, após a reunião da Aneel.

Segundo Pepitone, o pagamento por parte dos consumidores será feito por meio de uma espécie de encargo, vinculado contabilmente à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), mas com recursos carimbados para o pagamento dos empréstimos.

O diretor explicou que, por se tratar de uma política pública, esse novo encargo será pago, igualmente, por todos os consumidores do mercado cativo, que é o mercado atendido pelas distribuidoras de energia. "Vai ser rateado por todos os consumidores", disse.

Após a audiência pública, a Aneel vai aprovar a versão final do regulamento. A ideia é concluir todo o processo de modo que a CCEE consiga implementar os novos instrumentos antes da liquidação financeira do mercado de curto prazo em abril, referente às operações de fevereiro.

Para garantir que haverá tempo, a Aneel também decidiu nesta quinta-feira adiar do próximo dia 9 para os dias 28 e 29 de abril a data da liquidação financeira. A agência também adiará para 25 de abril o aporte de garantias referentes a essas operações.

Acompanhe tudo sobre:AneelBancosEmpréstimosFinanças

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto