Economia

CBIE: congelar preço do diesel não fere independência da Petrobras

Para diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, o presidente da Petrobras é um estrategista e conhece muito bem o mercado

Pries: "Para resolver essa questão a melhor saída é a redução de impostos. Eu desafio os governos estaduais a abrir mão do ICMS e o governo federal do PIS/Cofins" (Alexandre Battibugli/Exame)

Pries: "Para resolver essa questão a melhor saída é a redução de impostos. Eu desafio os governos estaduais a abrir mão do ICMS e o governo federal do PIS/Cofins" (Alexandre Battibugli/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de maio de 2018 às 21h37.

Rio de Janeiro - O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires, apoiou a decisão da Petrobras de congelar os preços do diesel por 15 dias para tentar resolver a crise aberta no País com a greve dos caminhoneiros. Para ele, "período de guerra é período de guerra".

O congelamento do preço do diesel vai ter um impacto negativo para o presidente da Petrobras, Pedro Parente, visto que ele afirmou várias vezes que não mudaria a política de preços da empresa?

Não, de jeito nenhum, só mostra que o Pedro Parente entende muito de mercado e é um excelente estrategista. Ao congelar os preços por tempo determinado não abre mão da independência da Petrobras.

Mesmo sendo por tempo determinado, não se configura uma mudança?

Período de guerra é período de guerra. Período de paz é período de paz. Não é justo que o consumidor brasileiro pague por problemas geopolíticos que elevaram o preço do petróleo, e Parente viu isso, demonstrou que tem essa visão.

Quinze dias serão suficientes para resolver a greve? A Petrobras não corre o risco de ter que manter a baixa de preços por mais tempo?

Vamos esperar, mas nesses períodos de guerra é preciso abrir mão para ajudar a resolver o problema.

Teria alguma alternativa que não obrigasse a Petrobras a ter que congelar o preço do diesel?

Para resolver essa questão a melhor saída é a redução de impostos. Eu desafio os governos estaduais a abrir mão do ICMS e o governo federal do PIS/Cofins.

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