Macau é a única parte da China onde são permitidos cassinos (Chris McGrath/Getty Images)
João Pedro Caleiro
Publicado em 11 de agosto de 2018 às 08h00.
Última atualização em 11 de agosto de 2018 às 08h00.
O Catar está a caminho de perder o status de lugar mais rico do mundo para Macau, o enclave chinês dos jogos de azar.
A economia desse polo global de cassinos alcançará o equivalente a cerca de US$ 143.116 por pessoa até 2020, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional. Isso colocará Macau à frente do Catar, o atual número 1, que atingirá US$ 139.151 no mesmo período.
Antigo posto avançado português no extremo sul da China, Macau se transformou em meca dos jogos de azar desde que voltou ao controle chinês, há quase duas décadas. É o único lugar da China onde os cassinos são legais, o que o transforma em ímã para os grandes apostadores da parte continental do país.
O produto interno bruto de Macau mais do que triplicou em relação aos cerca de US$ 34.500 per capita de 2001, segundo os dados do FMI.
A diferença de riqueza entre os dois lugares também deverá aumentar depois de 2020, já que o PIB per capita de Macau deverá atingir cerca de US$ 172.681 até 2023, segundo dados compilados pela edição de abril do banco de dados Perspectivas da Economia Mundial do FMI. O do Catar, por sua vez, aumentará para apenas US$ 158.117.
O PIB per capita do centro financeiro de Cingapura deverá ser superior a seis dígitos em dólares no ano que vem e está a caminho de aumentar para cerca de US$ 117.535 até 2023 e Hong Kong -- localizada a uma travessia de Macau -- chegará a quase US$ 80.000 na mesma época, segundo as projeções do FMI.
Três países europeus -- Luxemburgo, Irlanda e Noruega -- alcançaram os 10 primeiros lugares em termos de expectativas de que serão os mais ricos do mundo até 2020. Os EUA ficaram em 12º lugar.