Economia

Casa Branca elogia acordo de Trump para manter empregos nos EUA

Trump disse ter sido o responsável pela decisão da Carrier de manter nos Estados Unidos os cerca de mil empregos que planejava transferir para o México

Trump: "Não vimos detalhes do anúncio, mas tudo indica que isso é uma boa notícia, e celebramos essa boa notícia", indicou Earnest (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: "Não vimos detalhes do anúncio, mas tudo indica que isso é uma boa notícia, e celebramos essa boa notícia", indicou Earnest (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 18h04.

Última atualização em 1 de dezembro de 2016 às 09h32.

Washington - A Casa Branca considerou como uma "boa notícia" o acordo anunciado pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para evitar que centenas de empregos de uma fábrica fossem levados ao México, apesar de ter ressaltado que ainda faltam muitos para que o empresário iguale os postos de trabalho gerados durante o mandato de Barack Obama.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, reagiu durante a entrevista coletiva diária à decisão da companhia norte-americano de ar-condicionado Carrier de manter no país parte dos 2 mil empregos que pretendia levar para o México.

"Não vimos detalhes do anúncio, mas tudo indica que isso é uma boa notícia, e celebramos essa boa notícia", indicou Earnest.

Trump disse ter sido o responsável pela decisão da Carrier de manter nos Estados Unidos os cerca de mil empregos que planejava transferir para o México.

Tanto ele como o vice-presidente eleito, Mike Pence, devem ir à fábrica da empresa em Indiana para fazer formalmente o anúncio do acordo para evitar a fuga dos postos.

O porta-voz de Obama, no entanto, disse que Trump deverá repetir a façanha "104 vezes mais" para igualar o histórico do atual presidente dos EUA durante os oito anos de mandato do democrata.

"O presidente Obama estabeleceu um padrão alto nessa questão", defendeu o porta-voz da Casa Branca.

Earnest também comentou o anúncio da coletiva convocada por Trump para anunciar como separará seus negócios particulares, que pretende deixar sob o comando de sua família, e as ações como presidente.

"Os observadores terão que chegar a suas conclusões sobre isso, baseando-se nos detalhes do anúncio quando ele ocorrer. Há um escritório de ética no governo que se encarrega de supervisionar que não há conflitos de interesse, um papel que também corresponde ao Congresso e à imprensa", afirmou Earnest.

"O povo americano contará com os senhores (jornalistas) para conseguir respostas que determinem se as dúvidas ficaram satisfeitas, com base nos passos que serão anunciados pelo presidente eleito", destacou o porta-voz.

Earnest ainda disse que Obama fez mais do que o exigido para "evitar sequer a possibilidade de um potencial conflito de interesses".

Quando venceu as eleições em 2008, o atual presidente vendeu suas ações e comprou títulos do Tesouro americano apesar de as taxas de juros estarem nos níveis mínimos históricos.

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