Economia

Casa Branca anuncia resgate de US$ 300 milhões para Detroit

A Casa Branca anunciará ajuda de US$ 300 milhões à cidade de Detroit, atualmente em moratória, para que inicie projetos de reabilitação e segurança pública


	Vista geral do centro comercial de Detroit, nos Estados Unidos, em novembro de 2008: anúncio acelera as dotações e disponibilizará novas verbas
 (Spencer Platt/Getty Images)

Vista geral do centro comercial de Detroit, nos Estados Unidos, em novembro de 2008: anúncio acelera as dotações e disponibilizará novas verbas (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 13h44.

Washington - A Casa Branca anunciará nesta sexta-feira uma ajuda federal de US$ 300 milhões à cidade de Detroit, atualmente em moratória, para que inicie projetos de reabilitação e segurança pública, segundo informou o jornal local "Detroit News".

Parte dos fundos já foi garantida para a cidade, embora este novo anúncio, no qual participarão vários departamentos federais, acelerará as dotações e disponibilizará novas verbas.

Hoje se reúnem em Detroit o governador de Michigan, Rick Snyder; o prefeito de Detroit, Dave Bing; e o secretário de Justiça, Eric Holder, entre outros, para detalhar os planos do resgate, que acontece depois que a cidade declarou em moratória em julho.

Os fundos incluem mais de US$ 100 milhões para projetos de reabilitação de bairros vizinhos e demolição de prédios abandonados, assim como US$ 140 milhões do Departamento de Transporte para melhorar os meios de transporte públicos.

As ajudas incluirão US$ 30 milhões para segurança pública, US$ 3 milhões para contratar mais policiais, programas antiviolência e US$ 25 milhões da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema) para reforçar os serviços de bombeiros.

A cidade de Detroit declarou em julho a maior quebra municipal da história americana após uma década de dívida crescente e população minguante no meio da profunda crise industrial que atravessa.

O afundamento municipal levou as despesas ao mínimo imprescindível, fazendo com que a que já foi uma das capitais mais ricas do mundo não possa combater os incêndios, e os serviços de transporte público e ambulâncias demorem mais do que o dobro que no resto do país.

A "capital do motor" está em queda livre desde os anos 90 e, após gestões nefastas de prefeitos, às quais se uniu a crise financeira de 2008, terminou por suspender pagamentos.

A cidade perdeu 60% de sua população desde os anos 50, até chegar a cerca de 700 mil habitantes. Só entre 2000 e 2010 viu a saída de um quarto de seus habitantes, com áreas inteiras transformadas em bairros fantasmas.

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