Economia

Carnaval injetou bilhões nas economias locais, aponta Turismo

Os dados apontam que a ocupação hoteleira em Salvador, por exemplo, chegou a 95% no período de carnaval, gerando 200 mil empregos temporários

Carnaval: na maioria dos destinos nordestinos, os índices de ocupação hoteleira registraram uma média de 90% no período do carnaval (Dado Galdieri/Bloomberg)

Carnaval: na maioria dos destinos nordestinos, os índices de ocupação hoteleira registraram uma média de 90% no período do carnaval (Dado Galdieri/Bloomberg)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de março de 2017 às 21h52.

Balanço do Ministério do Turismo divulgado hoje (6) destaca os números do carnaval em diversas cidades do país, desde destinos com festas mais consolidadas até aqueles em que a folia despontou com mais força nos últimos anos.

Os dados apontam que a ocupação hoteleira em Salvador, por exemplo, chegou a 95% no período de carnaval, gerando 200 mil empregos temporários.

A estimativa da Secretaria de Turismo da Bahia é de que 600 mil turistas tenham passado pela capital baiana, um aumento de 9% em relação a 2016.

Destes, 10% são estrangeiros. Em todo o estado foram registrados cerca de 2 milhões de visitantes, que injetaram R$ 1,5 bilhão na economia baiana.

Tradicionalmente, a festa tem maior duração na capital baiana e, neste ano, se estendeu entre os dias 23 de fevereiro e 2 de março.

O balanço do Ministério do Turismo informa que, na maioria dos destinos nordestinos, os índices de ocupação hoteleira registraram uma média de 90% no período do carnaval.

Em Alagoas, 90% dos 31 mil leitos ficaram ocupados no feriado, mesmo índice registrado em Sergipe. Na Paraíba, 200 mil turistas foram responsáveis pela ocupação de cerca de 95%.

O Ceará recebeu cerca de 112 mil turistas, injetando aproximadamente R$ 140 milhões na economia estadual.

Em toda a cadeia produtiva do turismo cearense foram gerados R$ 230 milhões, um aumento de cerca de 10% em relação a 2016. A taxa de ocupação da rede hoteleira ficou na casa dos 84% durante o período.

No Rio Grande do Norte, a média de ocupação no período foi de 89%. Em Recife, que fechará o balanço na próxima semana, a expectativa de ocupação hoteleira foi de 95%, com injeção de R$ 1,2 bilhão na economia pernambucana.

Em São Luís, os cinco dias de festa criaram 1.450 empregos informais. Deste total, 950 atuaram nos circuitos oficiais da folia.

São Paulo

Levantamento preliminar da São Paulo Turismo (SPTuris) mostra que os gastos dos foliões cresceram 55% na comparação com a festa de 2015.

O gasto médio subiu de R$ 617 para R$ 957. Também foi registrado um crescimento de 167,5% no número de turistas no Sambódromo e de 203% no carnaval de rua.

São Paulo registrou crescimento na participação de turistas na festa de 7,7%, em 2016, para 20,6%, em 2017.

No Rio de Janeiro, a estimativa é de que 1,1 milhão de turistas brasileiros e estrangeiros tenham visitado o estado, gerando uma movimentação financeira em torno de R$ 3 bilhões.

Já Belo Horizonte registrou a participação de 500 mil turistas, que garantiram 59% de ocupação na rede hoteleira, um aumento de 19% em relação a 2016.

Na capital federal, o carnaval levou 1,5 milhão de foliões para as ruas, um crescimento de 58% em relação a 2016, e movimentou R$ 500 milhões.

Goiás registrou a movimentação de 425 mil foliões, sendo 15,6% de turistas. Ainda no Centro-Oeste, a capital de Mato Grosso, Cuiabá, estima que os três circuitos carnavalescos receberam aproximadamente 150 mil pessoas, entre turistas e moradores, em cinco dias de festa.

Em Roraima, no Norte do país, nos balneários de Tepequém e Caracaraí, polos turísticos do estado, o fluxo de turistas no carnaval subiu de 17,5 mil, em 2016, para 35,5 mil, em 2017.

O aumento resultou em 100% de ocupação das pousadas e hotéis da região.

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