Economia

Cármen Lúcia discutirá planos econômicos com BB e Febraban

A discussão no STF sobre a constitucionalidade dos planos econômicos nas décadas de 1980 e 1990 está parada há mais de dois anos na Corte

Cármen Lúcia: a ideia é que os poupadores recebam de volta os valores pedidos, mas não a totalidade (Jose Cruz/Agência Brasil)

Cármen Lúcia: a ideia é que os poupadores recebam de volta os valores pedidos, mas não a totalidade (Jose Cruz/Agência Brasil)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 20h44.

Brasília - A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), terá uma audiência nesta quarta-feira, 11, às 10h, com o presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffareli, e com o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal Filho, para tratar dos planos econômicos.

A discussão no STF sobre a constitucionalidade dos planos econômicos nas décadas de 1980 e 1990, que teriam provocado perdas no rendimento das cadernetas de poupança, está parada há mais de dois anos na Corte.

O motivo inicial para a interrupção era a falta do quórum mínimo de oito ministros para análise do tema. Desde fevereiro passado, no entanto, Cármen Lúcia, que havia se declarado impedida de analisar o caso, passou a se declarar apta, depois que o pai dela desistiu de uma ação movida contra a Caixa Econômica Federal.

O julgamento dos planos econômicos no Supremo Tribunal Federal (STF) é um tema importante para o governo em razão do impacto no sistema financeiro.

As estimativas do impacto do julgamento dos planos econômicos pelo STF variam de R$ 10 bilhões a R$ 400 bilhões, com números mais baixos ligados a instituições que defendem o interesse dos poupadores.

Bancos e governo estimam os maiores números. O governo se preocupa porque poderia haver novo rombo nas contas públicas caso a Justiça obrigue bancos oficiais a reparar prejuízos dos seus poupadores.

Segundo publicou a Coluna do Estadão no fim de dezembro, o governo federal tenta negociar com vários segmentos - entre eles Banco Central, BB, Caixa, Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e Febraban - a costura de um acordo com a Justiça em torno das perdas com os Planos Bresser e Collor.

A ideia é que os poupadores recebam de volta os valores pedidos, mas não a totalidade. Como as ações se arrastam há anos, seria uma vantagem.

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