Economia

Campos Neto: Mundo se preparou para depressão, mas encontrou recessão

Os Bancos Centrais esperavam ajuste entre o consumo de bens e serviços, o que não se normalizou com o fim da pandemia, afirmou Campos Neto

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Patricia Monteiro/Getty Images)

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Patricia Monteiro/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de março de 2022 às 10h36.

Última atualização em 24 de março de 2022 às 09h55.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira, 23, que o mundo se preparou para uma depressão, mas encontrou uma recessão. De acordo com o comandante do BC, durante a pandemia, com baixa mobilidade e transferência grande de recursos, as pessoas deixaram de consumir serviços e passaram a consumir bens.

Os Bancos Centrais, disse o presidente do BC brasileiro, esperavam ajuste entre o consumo de bens e serviços, o que não se normalizou com o fim da pandemia.

"Produzir bens consome mais energia do que produzir serviços. Se tive uma mudança de serviços para bens, sobro com demanda extra de energia, que começou a elevar o preço", falou Campos Neto, em evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Fiesp, sobre regras fiscais.

Além disso, o presidente do BC repetiu que, se o preço da energia sobe, há incentivo para investimentos. Mas, segundo isso pela primeira vez isso não ocorreu.

Política monetária em ambiente de incerteza

Campos Neto afirmou também que o grande tópico hoje é como fazer política monetária em um ambiente de incerteza. Segundo o presidente do BC, o ambiente de incerteza já dura bastante tempo gerado por "diversos fatores".

"Se existe grande preocupação de como fazer em ambiente de incerteza, deveria existir de como fazer política fiscal em ambiente de incerteza", disse ele.


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