Economia

Campos Neto: Levei um ‘puxão de orelha’ por ter falado sobre o fim do rotativo do cartão de crédito

Ele diz ter levado um “puxão de orelha” por ter apresentado a alternativa na quinta-feira no Senado Federal

Brasília (DF) 25/04/2023  Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. (CAE)  Foto Lula Marques/ Agência Brasil. (Lula Marques/Agência Brasil)

Brasília (DF) 25/04/2023 Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. (CAE) Foto Lula Marques/ Agência Brasil. (Lula Marques/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 11 de agosto de 2023 às 12h50.

Última atualização em 11 de agosto de 2023 às 12h55.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu nesta sexta-feira, 11, que a proposta para o fim do rotativo no cartão de crédito ainda não foi fechada. Ele diz ter levado um “puxão de orelha” por ter apresentado a alternativa na quinta-feira no Senado Federal.

Durante sessão nesta quinta-feira, o chefe do BC disse a alternativa mais ‘encaminhada’ seria extinção do rotativo, que tem juro anual acima de 400% ao ano de novembro de 2022. Em contrapartida, haveria um parcelamento da fatura com juro de 9% para os consumidores que não pagassem a fatura no mês.

"A nossa ideia era fazer um plano onde passasse por ter um parcelamento, ou seja, não ter o rotativo, de tal forma que a gente conseguisse equilibrar os números para o produto. Não temos os detalhes, tomei um 'puxão de orelha' depois que falei. Nós próximos dias vamos ter uma formato mais decisivo", disse.

Ele também afirma que as soluções estão sendo trabalhadas com a Fazenda, associações financeiras e bancos. Em evento promovido pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná, o presidente do BC afirmou que, apesar da alta registrada no IPCA, a inflação de serviços veio ‘um pouco melhor’. Em julho, o índice geral de preços avançou 0,12%, após deflação de 0,08% no mês de junho.

Campos Neto disse também que o mercado financeiro ainda mostra desconfiança com as metas de equilíbrio das contas públicas apresentadas pelo governo, com o arcabouço fiscal. "Se o mercado acreditasse nas metas fiscais do governo haveria queda de juros mais duradoura", afirmou.

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