Economia

Campos Neto: estamos vendo a democratização da intermediação financeira

Presidente do Banco Central participou de evento promovido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Patricia Monteiro/Getty Images)

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Patricia Monteiro/Getty Images)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 18 de abril de 2022 às 17h10.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou nesta segunda-feira, 18, de evento promovido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington. Na ocasião, ele disse que "estamos vendo uma democratização do sistema de intermediação financeira".

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"Não sabemos ao certo como será a intermediação financeira daqui a três, quatro anos. O verdadeiro desafio é identificar as tendências e ver como um Banco Central pode lidar com isso", disse Campos Neto, em participação por videoconferência.

Em relação aos criptoativos, o presidente do BC disse que "as pessoas se concentram muito nos ativos em si, mas a beleza disso são as redes que estão sendo criadas com os protocolos". Segundo ele, as redes, com os protocolos, têm muitas características que podem ser usadas para mudar a intermediação financeira no futuro.

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No fim das contas, o resultado é menos custos e aumento da transparência e da inclusão financeira, disse Campos Neto. A questão dos criptoativos, segundo ele, é como fazer uma regulação com uma visão de futuro, "para ter certeza de que competitivo hoje significa competitivo amanhã".

Campos Neto lembrou que o PIX surgiu como um sistema de pagamento instantâneo, "evoluiu muito rápido" e agora é usado por grande parte da população. "Desenvolver a CBDC (Central Bank Digital Currency, ou Moeda Digital Emitida por Banco Central) desempenhará um papel diferente", disse.

Em relação aos pagamentos transfronteiriços, Campos Neto disse que as pessoas querem algo que seja rápido, barato, seguro, transparente e aberto. O sistema só funcionará se for interoperável, disse, ressaltando que países ainda usam tecnologias diferentes. "Coordenação é a chave", afirmou.

 

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