Economia

Caminhoneiros e ANTT têm nova reunião sobre preço do frete na segunda

Representantes da categoria estão reunidos neste sábado (9) para fazer as contas e levar uma proposta à ANTT na segunda

Caminhoneiros: eles se propuseram a buscar uma composição de preços que seja boa para eles e para os usuários de seus serviços (Nelson Almeida/AFP)

Caminhoneiros: eles se propuseram a buscar uma composição de preços que seja boa para eles e para os usuários de seus serviços (Nelson Almeida/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de junho de 2018 às 12h54.

Brasília - A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e representantes dos caminhoneiros marcaram para as 9h da segunda-feira (11) uma nova reunião, de caráter técnico, para discutir o tabelamento do preço mínimo para o frete rodoviário. O assunto criou um grande impasse no governo, que, sob pressão, já editou duas versões da tabela dos preços. A segunda foi revogada horas depois de ter sido divulgada, na noite de quinta-feira (7).

A primeira atendeu os caminhoneiros, mas revoltou o agronegócio e a indústria, que falam em aumentos de até 150% nos preços e ameaçam travar a comercialização e até ir à Justiça para barrar o tabelamento. A segunda procurou aliviar o custo aos produtores, mas contrariou os caminhoneiros, por ter levado a um corte médio de 20% nos preços.

Mesmo irritados com a revisão, os caminhoneiros se propuseram a buscar uma composição de preços que seja boa para eles e para os usuários de seus serviços. Representantes da categoria estão reunidos neste sábado (9) para fazer as contas e levar uma proposta à ANTT na segunda. O encontro é fechado e as entidades não divulgam nem o local da reunião. Eles dizem que querem evitar ruídos que possam prejudicar as negociações.

A ANTT já avisou que uma eventual terceira versão da tabela, que pode ficar pronta no início da próxima semana, será submetida a uma audiência pública que durará de 30 a 45 dias. Na mesa, há inclusive a proposta de se estipular preços diferenciados para os períodos de safra e de entressafra.

Enquanto continua o impasse, segue em vigor a primeira versão da tabela, editada no último dia 30 de maio, nos termos da Medida Provisória 832/2018, que instituiu a Política de Preços Mínimos de Transporte Rodoviário de Cargas, uma das principais reivindicações dos caminhoneiros dentro do acordo firmado com o governo para pôr fim à paralisação da categoria, que durou 11 dias, no fim de maio.

Acompanhe tudo sobre:CaminhoneirosGrevesPreços

Mais de Economia

Linha de R$ 30 bi por tarifaço: taxa de juros, prazos e condições serão definidas na semana que vem

Governo quer retirar R$ 9,5 bilhões do plano de contingência a tarifaço da meta fiscal de 2025

Brasil tentará aumentar exceções ao tarifaço dos EUA, afirma secretária de Comércio Exterior

Alckmin chama de 'injustiça' tarifaço de Trump sobre o Brasil: 'Não há nenhuma justificativa'