Economia

Câmbio na Focus segue em R$ 3,30 para fim de 2016

Para o fim de 2017, a mediana seguiu em R$ 3,50 de uma divulgação para a outra - e quatro semanas atrás estava em R$ 3,55


	Câmbio: Ilan Goldfajn afirmou que o dólar não é um "instrumento de desinflação" e que o regime no País é de câmbio flutuante
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Câmbio: Ilan Goldfajn afirmou que o dólar não é um "instrumento de desinflação" e que o regime no País é de câmbio flutuante (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2016 às 11h05.

Brasília - O Relatório de Mercado Focus mostrou estabilidade nas estimativas para o câmbio deste ano. O documento divulgado nesta segunda-feira, 8, pelo Banco Central (BC) indicou que a cotação da moeda estará em R$ 3,30 no encerramento de 2016, mesma projeção da semana anterior. Um mês atrás, estava em R$ 3,40.

O câmbio médio de 2016 seguiu de R$ 3,46 - um mês antes, estava em R$ 3,47.

Para o fim de 2017, a mediana seguiu em R$ 3,50 de uma divulgação para a outra - quatro semanas atrás estava em R$ 3,55. Já o câmbio médio do ano que permaneceu em R$ 3,45 de um levantamento para o outro - estava em R$ 3,53 um mês atrás.

Em entrevista ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que o dólar não é um "instrumento de desinflação" e que o regime no País é de câmbio flutuante.

Além disso, negou que seja uma meta do BC zerar sua posição atual de swaps cambiais, mas afirmou que existe hoje um processo de redução deste estoque, o que sugere cautela por parte da instituição.

Balança

Mesmo com o recuo acumulado do dólar ante o real neste ano, as projeções do mercado financeiro para a balança comercial seguem robustas.

Nesta semana, porém, houve leve recuo nas perspectivas para a balança comercial em 2016. Pelo Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central, a estimativa de superávit comercial este ano passou de US$ 51,10 bilhões para US$ 50,44 bilhões.

Um mês atrás, estava em US$ 50,44 bilhões. Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2016 ficará em US$ 50 bilhões.

Para 2017, as estimativas no Focus permaneceram em US$ 50,00 bilhões de uma semana para outra - ante US$ 49,88 bilhões de um mês antes.

Transações correntes

No caso da conta corrente, as previsões para 2016 continuam com um déficit de US$ 15,00 bilhões, pela sétima edição consecutiva. O montante de US$ 15 bilhões de déficit é também a previsão do BC.

Há duas semanas, a instituição informou que no primeiro semestre o País acumulou déficit na conta corrente de US$ 8,444 bilhões.

Para 2017, a perspectiva do mercado financeiro de déficit voltou a mudar, passando de US$ 14,45 bilhões para um rombo de US$ 13,00 bilhões de uma semana para outra. Quatro semanas atrás, a perspectiva era de déficit de US$ 15,09 bilhões.

IDP

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário nos dois anos.

A mediana das previsões para o IDP em 2016 permaneceu em US$ 65,00 bilhões de uma semana para a outra - estava em US$ 63,50 bilhões um mês antes.

No primeiro semestre do ano, conforme os dados divulgados pelo BC, o IDP somou US$ 33,816 bilhões. Nas revisões promovidas pelo BC, a perspectiva é de ingresso de US$ 70 bilhões de IDP no País em 2016.

Para 2017, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto permaneceu em US$ 65 bilhões.

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