Economia

Câmbio deve manter competitividade de exportações, diz Cepea

Além da China, que continua sendo o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, outro parceiro importante do Brasil foi o continente europeu


	Agropecuária: para outros, a desvalorização do câmbio não foi suficiente para compensar toda a queda do preço externo
 (Cristiano Mariz / EXAME)

Agropecuária: para outros, a desvalorização do câmbio não foi suficiente para compensar toda a queda do preço externo (Cristiano Mariz / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2016 às 16h24.

São Paulo - A competitividade dos produtos agropecuários brasileiros seguirá elevada em 2016, principalmente por causa do câmbio, que deve estimular os embarques, afirma análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Em termos de preços, no entanto, não se sabe se ainda há espaço para mais quedas, "uma vez que muitos produtos tiveram reduções bastante significativas em seus preços em dólar em 2015", diz a instituição.

Para os analistas do Cepea, o desempenho efetivo do setor vai depender das condições de oferta mundial, do poder aquisitivo de importantes demandantes e da intensidade dos eventos climáticos adversos, que podem comprometer parte da produção agropecuária ao longo do ano.

Cálculos do Cepea mostram que, no acumulado de 2015, o volume exportado pelo agronegócio brasileiro cresceu 15,9%, e os preços em dólares recebidos pelos exportadores do setor retraíram-se em mais de 18%, em relação ao registrado em 2014.

Nesse mesmo comparativo, com volume em alta e preços externos (em dólar) em queda, o faturamento em dólar do setor recuou quase 9%, para US$ 89 bilhões. Em reais, contudo, o faturamento cresceu 14%.

A maioria dos produtos teve alta de preços internalizados em reais, como é o caso da carne bovina (11,93%), café (11,65%), frutas (10,82%), suco de laranja (9,52%), milho (8,21%) e carne de aves (3,12%).

Para outros, a desvalorização do câmbio não foi suficiente para compensar toda a queda do preço externo.

Como consequência, houve redução da atratividade das exportações de carne suína (11,92%), etanol (10,47%), soja em grão (7,47%), farelo de soja (5,50%), óleo de soja (1,63%) e açúcar (1%).

Além da China, que continua sendo o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, outro parceiro importante do Brasil foi o continente europeu.

Os países da Zona do Euro compraram 18,3% das vendas totais do agronegócio brasileiro em 2015.

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