Economia

Dólar acima de R$ 2,00 veio para ficar, diz Mantega

“Temos uns quatro ou cinco meses com câmbio acima de 2,00, o que mostra que veio para ficar”, disse

Mantega durante reunião com políticos em Brasília (Agência Brasil/Fábio Pozzebom)

Mantega durante reunião com políticos em Brasília (Agência Brasil/Fábio Pozzebom)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 11h20.

São Paulo – Há quatro ou cinco meses o câmbio está acima de 2,00, "o que mostra que veio para ficar", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante apresentação na CNI na manhã de hoje. Mantega falou que a flutuação cambial tem sido pequena, o que é importante para os empresários.

Na manhã dessa sexta-feira, o dólar estava avançando ante o real, atingindo o maior nível intradia em mais de três anos - ultrapassando o teto informal de 2,10 reais. Às 9h52, o dólar subia 0,31%, para 2,1050 reais na venda. Às 12:02, o câmbio estava em 2,12.

O câmbio está em posição “razoável”, segundo o Ministro. “Não ainda totalmente satisfatória como disse o presidente da CNI, mas razoável”, afirmou. Antes da apresentação de Mantega, Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, havia elogiado as recentes medidas do governo para estimular a indústria e citado o patamar de câmbio.

Nova matriz

O ministro explicou que agora vem sendo praticada uma política monetária onde o controle da inflação se dá com o juro mais baixo,  “uma política monetária mais eficiente, que controla e inflação com taxas menores de juros”, segundo o Ministro. Mantega citou também a política fiscal anticíclica, “estamos empenhados em reduzir tributos, essa é uma das alavancas importantes da competitividade brasileira e do crescimento”, afirmou.

Importações

Mantega disse que as importações diminuíram e as exportações de manufaturados começam a melhorar. “Temos um problema com alguns parceiros comerciais. A Argentina deu uma travada no comércio bilateral, o que afeta exportação de manufaturados. Vamos tentar trabalhar pra ver se a gente destrava essa relação com a Argentina e outros países da América do Sul, de toda forma, hoje a política cambial é diferente e se sustenta”, disse.

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