Economia

Câmara calcula ao menos dez votos da oposição para aprovar Previdência

Por outro lado, o deputado afirmou que os partidos pró-reforma também não estão 100% fechados em torno da nova Previdência

Marcos Pereira: vice-presidente da Câmara afirmou que Tabata Amaral é uma das representantes da oposição que devem votar pela reforma (Alan Santos/PR/Agência Brasil)

Marcos Pereira: vice-presidente da Câmara afirmou que Tabata Amaral é uma das representantes da oposição que devem votar pela reforma (Alan Santos/PR/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de julho de 2019 às 19h54.

Última atualização em 4 de julho de 2019 às 19h56.

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira (PRB-SP), disse nesta quinta-feira (4), em evento da XP Investimentos, que calcula ao menos dez votos de partidos da oposição favoráveis à reforma da Previdência no plenário. Entre eles, citou a deputada Tabata Amaral (PDT/SP).

Ele ponderou, no entanto, que os partidos do chamado Centrão não terão 100% dos votos pró reforma. Para ele, os favoráveis entre essas legendas giram hoje em torno de 85%. E citou o PRB, que teria 29 dos 31 votos favoráveis.

 

Pereira disse achar improvável que Estados e municípios sejam incluídos na reforma em plenário, por mais que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, esteja empenhado em relação à isso. Ele destacou que a inclusão tornaria a reforma ainda mais difícil de ser aprovada, uma vez que vários deputados não querem arcar com o ônus político de aprovar o tópico. Por isso, pontuou, esse item só entrará se governadores, principalmente do Nordeste, tomarem o protagonismo e deixarem claro que pediram às suas bancadas para votarem à favor.

Pereira destacou ainda que, se o Senado incluir Estados e municípios, a Câmara irá derrubar o tópico quando o texto voltar à Casa.

O vice-presidente disse ainda que há acordo para varar as madrugadas na próxima semana para que a reforma seja aprovada em plenário antes do recesso parlamentar, marcado para 17 de julho.

Capitalização

O vice-presidente da Câmara disse ainda que a Casa quer tocar a própria agenda econômica no segundo semestre. Segundo ele, a capitalização está nessa lista e os deputados querem apresentar o próprio texto. O mesmo ocorre com a reforma tributária, cujo texto já foi apresentado pelo parlamentar Baleia Rossi (MDB-SP).

Ele ponderou que a Câmara está disposta a conversar com o governo em toda essa agenda, mas criticou a atuação do presidente Jair Bolsonaro. "Não dá para fazer acordo no gabinete do presidente (da Casa, Rodrigo Maia) e falar outra coisa na live à noite", disse.

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