Economia

Câmara Baixa dos EUA aprova proibição à venda de aviões ao Irã

Se confirmado, o veto cancelará duas operações com a Boeing avaliadas em US$ 20 bilhões

Irã: o veto foi aprovado apesar de os democratas alertarem que põe em perigo o acordo nuclear de 2015 com o Irã (STR/Reuters)

Irã: o veto foi aprovado apesar de os democratas alertarem que põe em perigo o acordo nuclear de 2015 com o Irã (STR/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 10h02.

Última atualização em 14 de setembro de 2017 às 10h06.

Washington - A Câmara Baixa dos EUA aprovou nesta quarta-feira a proibição da venda de aviões comerciais ao Irã, um veto que se for confirmado cancelará duas operações com a Boeing avaliadas em US$ 20 bilhões.

O congressista republicano que propôs esta proibição, Peter Roskam, acusou o Irã de utilizar aviões comerciais para transportar armas e tropas à Síria em apoio ao presidente desse país, Bashar Al-Assad, a quem qualificou de "criminoso de guerra".

O veto foi aprovado apesar dos democratas alertarem que põe em perigo o acordo nuclear de 2015 com o Irã e que só "castiga as empresas americanos".

A Boeing anunciou em dezembro do ano passado a venda à companhia aérea de bandeira iraniana Iran Air de 80 aviões (50 unidades modelo 737 MAX, 15 777-300ER e 15 777-9), em um contrato por avaliado em US$ 16,6 bilhões.

Além disso, em abril confirmou outro princípio de acordo para a venda de 30 aviões por US$ 3 bilhões à companhia iraniana Iran Aseman Airlines.

As duas operações dependem da aprovação final do Governo de Donald Trump, que mantém para o Irã uma política mais dura que a de seu antecessor, Barack Obama.

O pacto nuclear de 2015 com as potências ocidentais supôs o levantamento das sanções internacionais contra o Irã em troca de que este país limitasse sua capacidade atômica e permitisse a supervisão de seu programa nuclear.

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