Economia

Calor extremo: consumo de energia deve ter maior crescimento dos últimos meses

A projeção para o mês de setembro é de crescimento de 5,8% com altas em todas as regiões, de acordo com um boletim divulgado pelo ONS

Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS: A previsão de crescimento da carga para setembro é a maior dos últimos meses, reflexo do calor mais intenso e de uma economia mais aquecida (deepblue4you/Getty Images)

Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS: A previsão de crescimento da carga para setembro é a maior dos últimos meses, reflexo do calor mais intenso e de uma economia mais aquecida (deepblue4you/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 24 de setembro de 2023 às 17h02.

As altas temperaturas que têm afetado diversas regiões brasileiras terão efeito direto no consumo de energia elétrica no país, conforme estima o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A projeção para o mês de setembro é de crescimento de 5,8% com altas em todas as regiões, de acordo com um boletim divulgado pelo órgão.

A perspectiva de crescimento nos submercados é mais expressiva no Norte, com 10,6%. A área entre Sudeste e Centro-Oeste deve registrar avanço de 6,1%, seguido pelo Nordeste, com 4,2%. O Sul que vem enfrentando um período de fortes chuvas, fica em último lugar, com 3,8%. Os percentuais comparam os resultados para o final de setembro de 2023, ante o mesmo período do ano passado.

"A previsão de crescimento da carga para setembro é a maior dos últimos meses, reflexo do calor mais intenso e também de uma economia mais aquecida", afirma Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.

A cidade de São Paulo registrou neste sábado, 23, novo recorde de temperatura máxima em 2023. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros marcaram 34,8ºC às 16h, que superou os 34,7ºC registrados na última sexta-feira, 22, na capital paulista.

Essa foi a quarta quebra de recordes de calor em apenas dez dias. Nove Estados estão, até as 18h deste domingo, 24, sob alerta vermelho de grande perigo com riscos à saúde.

O boletim ainda traz análises sobre a Energia Armazenada (EAR), indicando a estimativa de que continue acima de 70% em três submercados para o fim deste mês. O dado é significativo visto que o período tipicamente seco está próximo do encerramento. A EAR mais elevada deve ser verificada no Sul (85,2%), seguida de Norte (73,7%), Sudeste/Centro-Oeste (72,6%) e Nordeste (67,2%).

Acompanhe tudo sobre:ContasEnergiaCalor

Mais de Economia

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos