Economia

Caixa volta a descartar FGTS para executar plano de negócios

Segundo nota conjunta, tanto a Fazenda como o banco têm promovido medidas para adequar a estrutura de capital da empresa ao momento atual

Caixa: nas últimas semanas, banco reduziu os juros do crédito imobiliário e para capital de giro (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Caixa: nas últimas semanas, banco reduziu os juros do crédito imobiliário e para capital de giro (Antonio Cruz/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de maio de 2018 às 15h46.

A Caixa Econômica Federal não precisará pegar emprestado recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para reforçar o capital. Em nota oficial conjunta, o banco e o Ministério da Fazenda informaram que a instituição financeira tomou todas as precauções para atender às políticas públicas previstas e executar o plano de negócios sem a necessidade de aportes externos.

"A Caixa busca sempre uma alocação eficiente de seus recursos, com adequada gestão de risco e respeito às melhores práticas bancárias. A atual estrutura de capital permite, na avaliação do Ministério da Fazenda e do comando da Caixa, a execução do plano de negócios previsto para o ano, sem a necessidade de capitalização mediante a utilização do FGTS", destacou o texto.

Nas últimas semanas, a Caixa reduziu os juros do crédito imobiliário e para capital de giro. O banco também liberou empréstimos para estados e municípios. Segundo a nota conjunta, tanto a Fazenda como o banco têm promovido medidas para adequar a estrutura de capital da empresa ao momento atual.

O comunicado de hoje reafirma o plano de negócios divulgado pelo Conselho de Administração da Caixa no começo do ano. A partir de 2019, o banco terá de cumprir exigências mais elevadas de segurança financeira e precisará deixar mais capital imobilizado (parado) para se adequar aos padrões internacionais.

De acordo com a Caixa, o banco venderá carteiras de crédito a outras instituições financeiras, emitirá instrumentos de dívida perpétua (tipo de mecanismo financeiro que aumenta o capital da instituição) no mercado internacional e poderá abrir mão de repassar os dividendos (parcela dos lucros que cabem aos acionistas) ao Tesouro Nacional para reinvesti-los no banco. O Conselho de Administração da Caixa é presidido pela secretária executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi.

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