Economia

Caixa vai receber R$ 82 milhões da União para pagar o auxílio emergencial

Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, cronograma da segunda parcela será organizado de forma diferente para evitar concentração de pagamentos

Caixa: presidente do banco disse que as filas nas agências praticamente zeraram após medidas tomadas pela instituição (Exame/Exame)

Caixa: presidente do banco disse que as filas nas agências praticamente zeraram após medidas tomadas pela instituição (Exame/Exame)

AO

Agência O Globo

Publicado em 11 de maio de 2020 às 16h02.

Última atualização em 11 de maio de 2020 às 16h27.

A Caixa Econômica Federal vai receber R$ 82 milhões da União para pagar o auxílio emergencial de R$ 600 aos trabalhadores informais, durante a crise. O banco foi contratado pelo Ministério da Cidadania, em licitação. Assinado em 08 de abril, véspera do início do pagamento, o contrato tem vigência de nove meses.

Durante audiência pública na comissão mista do Congresso, nesta segunda-feira, em sistema remoto, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, explicou que o banco está cobrando R$ 0,80 por operação relacionada ao auxílio.

- É o menor preço dos nossos programas – disse Guimarães.

Ele foi convidado para explicar o problema das filas observadas nas últimas semanas nas agências da Caixa, concessão do benefício a quem não precisa e atraso no pagamento para quem precisa.

Guimarães respondeu que a Caixa não é responsável pela análise dos requerimentos dos benefícios e que perguntas referentes ao perfil dos beneficiados devem ser direcionadas à Dataprev, responsável pelo cruzamento de dados ao Ministério da Cidadania, que autoriza os pagamentos.

Com relação às filas, ele disse que elas praticamente zeraram com as  providências que foram tomadas, como abertura das agências com duas horas de antecedência e  funcionamento aos sábados,  reforço  na equipe de vigilantes e  atendentes, parcerias com prefeituras e ajustes na tecnologia.  Além disso, o pagamento da primeira parcela do auxílio está na reta final.

Guimarães disse aos parlamentares que o cronograma da segunda parcela do benefício, a ser anunciado em breve, será organizado de forma diferente da primeira, para evitar concentração de pagamentos entre beneficiários do bolsa família e informais que não têm conta em banco e recebem o crédito em poupança digital. As datas de pagamento também serão mais espaçadas.

- Este é o público mais carente e que precisa de auxílio até na hora do saque – destacou.

Ele disse que 6% dos 50 milhões de pessoas que receberam o auxílio ainda não sacaram o recurso. Ao todo, foram pagos R$ 35,5 bilhões.

Contudo, ainda há um universo de 17 milhões de pessoas que fizeram o requerimento no sistema da Caixa e ainda estão à espera do dinheiro. Guimarães afirmou que até essa terça-feira deverá receber da Dataprev mais um lote de análises. Os pagamentos restantes deverão ser feitos ainda nesta semana.

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