Economia

Caixa: filtrar classe social no auxílio-emergencial não é papel do banco

Afirmação ocorre após estudo mostrando que um terço das famílias das classes A e B pediu o auxílio emergencial e que 69% dos pedidos foram aprovadas

Caixa: de acordo com Pedro Guimarães, 107 milhões de pessoas se cadastraram para receber auxílio-emergencial (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Caixa: de acordo com Pedro Guimarães, 107 milhões de pessoas se cadastraram para receber auxílio-emergencial (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 3 de junho de 2020 às 16h46.

Identificar a classe social de quem pede o auxílio-emergencial de 600 reais não é papel da Caixa Econômica Federal, disse o presidente do banco estatal que coordena a distribuição do benefício do governo federal dirigido a famílias de baixa renda.

"Isso não é papel da Caixa", disse Pedro Guimarães durante apresentação pelo canal do banco na internet nesta quarta-feira.

A afirmação veio após o jornal Valor Econômico ter publicado mais cedo o resultado de um estudo mostrando que um terço das famílias das classes A e B pediu o auxílio emergencial e que 69% dos pedidos foram aprovadas, o que equivale a cerca de 3,9 milhões de lares com maior renda.

De acordo com Guimarães, 107 milhões de pessoas se cadastraram para receber auxílio-emergencial, criado pelo governo para tentar aliviar os efeitos econômicos das medidas de isolamento social para combater a pandemia do coronavírus.

Desse universo submetido à Dataprev, quase 60 milhões deles se enquadraram nas regras, enquanto cerca de 39 milhões tiveram o pedido negado.

Para o executivo, o papel do banco é evitar ao máximo as fraudes bancárias e, nisso, a Caixa está sendo bem-sucedida.

"O nível de fraudes na Caixa envolvendo o auxílio emergencial é próximo de zero", disse Guimarães.

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