Mercado de trabalho: 278 mil novas vagas no mercado formal (Gabriel Ramos/Getty Images)
Carolina Riveira
Publicado em 28 de julho de 2022 às 14h48.
Última atualização em 28 de julho de 2022 às 15h31.
O Brasil fechou junho com saldo de 278 mil novas vagas com carteira assinada criadas, segundo novos dados do Caged, levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência que mede as variações no mercado formal.
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No mês, foram admitidos 1.898.876 pessoas para vagas e desligados 1.620.932 trabalhadores.
O setor de serviços, que mais emprega em termos absolutos no mercado formal, seguiu sendo o setor com maior saldo positivo de vagas no período.
O setor tem apresentado recuperação diante da reabertura das atividades passado o auge da pandemia.
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Junho foi o segundo mês com mais vagas criadas, atrás de fevereiro.
A distribuição de novas vagas por setor foi de:
Todas as regiões tiveram saldo positivo de postos de trabalho. A região Sudeste foi líder e a região Norte teve a maior variação positiva.
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em junho foi de R$ 1.922,77. Houve uma variação positiva de 0,68% em relação ao mês anterior.
Os dados do Caged, que dizem respeito somente ao mercado formal, vêm em linha com os números da Pnad, medida pelo IBGE e divulgada separadamente.
A taxa de desemprego na Pnad, que inclui também o mercado informal, vem caindo com a recuperação gradual da economia.
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 9,8% no trimestre entre março e maio, a menor desde 2016, com 10,6 milhões de desempregados.
A recuperação têm ocorrido tanto no mercado formal quanto no informal (o mercado de trabalho informal, não medido pelo Caged, responde por cerca de 40% dos trabalhadores no Brasil).
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Mas um dos desafios na recuperação no mercado de trabalho segue sendo a renda: com o desemprego ainda alto, os salários não recuperaram o patamar pré-pandemia. A inflação também tem corroído a renda real, quando descontado o aumento de preços.
O rendimento médio real medido na Pnad é o menor em uma década — o que indica que as novas vagas abertas, embora contemplem mais pessoas, estão pagando menos em média.
Cerca de 70% da população vive hoje com um salário mínimo ou menos, segundo o IBGE.
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