Economia

Caged: Brasil tem 278 mil novas vagas com carteira assinada em junho

Junho foi o segundo mês com mais vagas criadas no ano. O setor de serviços foi destaque, com mais de 124 mil novas vagas no mercado formal

Mercado de trabalho: 278 mil novas vagas no mercado formal (Gabriel Ramos/Getty Images)

Mercado de trabalho: 278 mil novas vagas no mercado formal (Gabriel Ramos/Getty Images)

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Carolina Riveira

Publicado em 28 de julho de 2022 às 14h48.

Última atualização em 28 de julho de 2022 às 15h31.

O Brasil fechou junho com saldo de 278 mil novas vagas com carteira assinada criadas, segundo novos dados do Caged, levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência que mede as variações no mercado formal.

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No mês, foram admitidos 1.898.876 pessoas para vagas e desligados 1.620.932 trabalhadores.

O setor de serviços, que mais emprega em termos absolutos no mercado formal, seguiu sendo o setor com maior saldo positivo de vagas no período.

O setor tem apresentado recuperação diante da reabertura das atividades passado o auge da pandemia.

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Junho foi o segundo mês com mais vagas criadas, atrás de fevereiro.

A distribuição de novas vagas por setor foi de:

  • Serviços: saldo de 124,5 mil vagas;
  • Comércio: saldo de 47,2 mil vagas;
  • Indústria: saldo de 41,5 mil vagas;
  • Agricultura: saldo de 34,5 mil vagas;
  • Construção: saldo de 30,3 mil.

Todas as regiões tiveram saldo positivo de postos de trabalho. A região Sudeste foi líder e a região Norte teve a maior variação positiva.

  • Sudeste (+137.228 postos, +0,64%);
  • Nordeste (+52.122 postos, +0,77%);
  • Centro-Oeste (+34.263 postos, +0,94%);
  • Sul (+31.774 postos, +0,40%);
  • Norte (+21.780 postos, +1,10%).

Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em junho foi de R$ 1.922,77. Houve uma variação positiva de 0,68% em relação ao mês anterior.

Desemprego em queda no Brasil

Os dados do Caged, que dizem respeito somente ao mercado formal, vêm em linha com os números da Pnad, medida pelo IBGE e divulgada separadamente.

A taxa de desemprego na Pnad, que inclui também o mercado informal, vem caindo com a recuperação gradual da economia.

taxa de desemprego no Brasil ficou em 9,8% no trimestre entre março e maio, a menor desde 2016, com 10,6 milhões de desempregados. 

A recuperação têm ocorrido tanto no mercado formal quanto no informal (o mercado de trabalho informal, não medido pelo Caged, responde por cerca de 40% dos trabalhadores no Brasil).

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Mas um dos desafios na recuperação no mercado de trabalho segue sendo a renda: com o desemprego ainda alto, os salários não recuperaram o patamar pré-pandemia. A inflação também tem corroído a renda real, quando descontado o aumento de preços.

O rendimento médio real medido na Pnad é o menor em uma década — o que indica que as novas vagas abertas, embora contemplem mais pessoas, estão pagando menos em média. 

Cerca de 70% da população vive hoje com um salário mínimo ou menos, segundo o IBGE.

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