Economia

Cafeicultores têm até hoje para optar por renegociação

O benefício vale para operações de crédito vinculadas a lavouras de café arábica, referentes a custeio, investimento e à comercialização


	Café: as dívidas devem ter parcelas no período de julho de 2013 a junho de 2014
 (Nacho Doce/Reuters)

Café: as dívidas devem ter parcelas no período de julho de 2013 a junho de 2014 (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 15h53.

Brasília - Termina hoje (31) o prazo para produtores de café manifestarem interesse em renegociar suas dívidas.

A possibilidade de renegociação está prevista em resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Os interessados devem se dirigir aos bancos credores e formalizar a intenção. Depois, terão até 15 de julho para fechar os novos contratos.

O benefício vale para operações de crédito vinculadas a lavouras de café arábica, referentes a custeio, investimento e à comercialização.

As dívidas devem ter parcelas no período de julho de 2013 a junho de 2014.

O objetivo da renegociação é socorrer os cafeicultores, já que o setor atravessa uma crise.

Os preços do grão estão em queda no mercado doméstico e internacional, em função da oferta elevada. Agricultores brasileiros alegam que a venda das sacas de café não está cobrindo os custos com a produção.

Ontem (30) o CMN aprovou resolução destinada a estimular o comércio do grão, aumentando de R$ 50 milhões para R$ 100 milhões o teto da linha de financiamento para aquisição de café.

O colegiado também ampliou prazos para contratação de crédito.


Também na quinta-feira, o Ministério da Agricultura divulgou a disponibilidade de R$ 300 milhões em recursos para do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para financiar a colheita de café.

De acordo com a assessoria de comunicação do ministério, o dinheiro é parte dos R$ 2 bilhões destinados ao Funcafé para a última safra. Os recursos tiveram atraso na liberação.

O montante para 2014 não está definido e ainda não tem data para liberação. Segundo a pasta, a ideia é que os cafeicultores aproveitem os recursos restantes do ano passado para iniciarem a colheita sem necessidade de vender café no início da safra, já que os preços costumam ser baixos.

Outra política do governo de socorro ao setor cafeeiro são os leilões de contratos de opções de vendas.

Em 2013, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou quatro operações do tipo.

Por meio delas, o governo se compromete a adquirir sacas de café dos produtores ao preço prefixado de R$ 343.

Em março, os produtores do grão poderão decidir se vendem seu café para a Conab ou se o negociam no mercado, caso os preços sejam mais vantajosos.

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