Economia

Bric não pode ser ignorado pelos países mais poderosos, diz ministro

Brasília - Os países que formam o Bric - Brasil, Rússia, índia e China - têm papel fundamental entre as nações que, atualmente, concentram o poder mundial. O cenário internacional mostra que o poder político, econômico e militar está nas mãos de nações que procuram consolidar sua posição a partir de acordos internacionais com outros […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - Os países que formam o Bric - Brasil, Rússia, índia e China - têm papel fundamental entre as nações que, atualmente, concentram o poder mundial. O cenário internacional mostra que o poder político, econômico e militar está nas mãos de nações que procuram consolidar sua posição a partir de acordos internacionais com outros países, mas o Bric já mostrou sua relevância e não pode mais ser ignorado.

A observação foi feita pelo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Samuel Pinheiro Guimarães, ao participar na manhã de hoje (14), do encontro que reúne, em Brasília, representantes dos quatro países que integram o Bric. Esta é a primeira vez em que o grupo formaliza um encontro para analisar o seu papel na transformação do mundo pós-crise financeira internacional.

De acordo com o ministro, o Bric mostrou que pode ultrapassar muito mais rapidamente as turbulências mundiais, enquanto as nações mais poderosas ainda não voltaram às posições que mantinham no período anterior à crise financeira.

Essa recuperação, principalmente econômica, mostra que o Bric pode participar do processo de reestruturação dos sistemas financeiro e político internacional, destacou Guimarães. De acordo com ele, esse processo está ocorrendo “em vários setores, não apenas em relação aos países do G20, por exemplo, mas em inúmeros fóruns internacionais que tratam de política e economia".

"Ninguém duvide de que o trabalho de afirmação do Bric será longo e difícil. O que está em jogo é que alguns países, devido à sua superioridade política, econômica e militar, acham-se superiores e, por isso, acreditam que têm mais direitos que as outras nações", acrescentou.

O ministro disse que a colaboração do Bric não se restringe à relação econômica entre os países e envolve também a colaboração tecnológica. Ele ressaltou que o encontro em Brasília reúne representantes dos principais centros de pesquisas do mundo. “Eles podem contribuir para que vejamos as nossas realidades específicas com nossos olhos e não com o olhar dos outros países. Nós, do Bric, precisamos nos afirmar perante a governança global, atendendo às necessidades de nossas sociedades de forma democrática e não hegemônica."

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBricsComércioComércio exteriorDados de Brasil

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE