Economia

Brent sobe para US$87 com recompras de investidores

Investidores fazem recompras em um mercado que está sobrevendido, e com os combates no Iraque elevando os riscos políticos na região


	Refinaria de petróleo: petróleo perdeu mais de um quinto do seu valor desde junho
 (Getty Images)

Refinaria de petróleo: petróleo perdeu mais de um quinto do seu valor desde junho (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 11h15.

Londres - O petróleo Brent subiu mais de 1 dólar nesta sexta-feira, para perto de 87 dólares por barril, após tocar a mínima de quase quatro anos, com investidores fazendo recompras em um mercado que está, segundo ele, sobrevendido, e com os combates no Iraque elevando os riscos políticos na região.

O petróleo perdeu mais de um quinto do seu valor desde junho, meio a um excedente de oferta, sinais de fraqueza do crescimento da demanda e a indicações de que importantes países produtores, principalmente a Arábia Saudita, não têm planos de intervir na queda dos preços.

"Os preços provavelmente despencaram demais", disse Jeffrey Currie, chefe de análise de petróleo do Goldman Sachs. "Isso nos dá uma força de alta no curto prazo, apesar da perspectiva baixista no futuro." A onda de vendas foi puxada por "mudanças esperadas nos fundamentos, ao contrário de mudanças observadas atualmente", disse Currie e sua equipe em uma nota a clientes.

O Brent com entrega para dezembro subiu 1,52 dólar para tocar uma máxima de 87,34 dólares por barril na sessão, antes de devolver parte dos ganhos para 86,40 dólares às 9h15 (horário de Brasília), ainda com alta, de 0,58 dólar.

Apesar da alta, o petróleo ainda caminha para fechar sua quarta semana consecutiva de perdas. O contrato novembro do Brent venceu na quinta-feira.

O petróleo nos Estados Unidos seguia para a terceira semana consecutiva de perdas, mesmo com uma alta de uma alta de 0,81 dólar, a 83,53 dólares por barril na manhã desta sexta-feira.

A situação no Iraque também sustentava os preços, com o grupo Estado Islâmico mostrando sua força apesar de uma ampla campanha de ataques aéreos liderados pelos Estado Unidos e outros países ocidentais.

Combatentes realizaram uma série de ataques em Bagdá na quinta-feira, matando pelo menos 47 pessoas.

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