Economia

Brent sobe para perto de US$86 com crescimento de demanda

Ganhos são limitados pelo excesso de oferta e pelas preocupações com a saúde do resto da economia global


	Tanques de petróleo: demanda de petróleo do maior consumidor de energia do mundo saltou 6,2 por cento em setembro ante agosto
 (Getty Images)

Tanques de petróleo: demanda de petróleo do maior consumidor de energia do mundo saltou 6,2 por cento em setembro ante agosto (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 10h48.

Londres - O petróleo Brent subia para perto de 86 dólares por barril nesta terça-feira com notícias de uma demanda de petróleo robusta na China, embora os ganhos sejam limitados pelo excesso de oferta e pelas preocupações com a saúde do resto da economia global.

A demanda de petróleo do maior consumidor de energia do mundo saltou 6,2 por cento em setembro ante agosto, para 10,3 milhões de barris por dia, a maior desde fevereiro.

A produção industrial da China também superou as expectativas, subindo 8 por cento em setembro ante o mesmo mês do ano anterior e aumentando as esperanças de uma recuperação mais forte.

Dados desta terça-feira mostraram que a economia da China cresceu 7,3 por cento no terceiro trimestre, acima das previsões, mas com ritmo mais lento desde a crise financeira global.

"O petróleo está em alta como reação aos dados da demanda chinesa", disse Tamas Varga, analista da PVM Oil Londres corretagem Associates.

"O aumento na demanda de petróleo chinesa pode ter mais a ver com o preenchimento de estoques. Empresas chinesas têm vindo comprar petróleo bruto porque tem sido barato." O petróleo Brent subia 0,19 dólar a 85,59 dólares por barril às 10h13 (horário de Brasília), bem acima da mínima de quase quatro anos, alcançada na semana passada, mas ainda mais de um quarto abaixo dos níveis de junho.

Já o petróleo nos Estados Unidos subia 0,19 dólar a 82,90 dólares por barril.

"Os dados chineses não foram tão terríveis quanto se esperava", disse Christopher Bellew, um operador da Jefferies Bache. "Mas, olhando para a frente, eu acho que nós vamos ver mais pressão para o lado negativo. Estes preços mais baixos vão demorar um pouco para ter qualquer impacto sobre a oferta."

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