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Brasileiros dão nota baixa para saúde, aponta novo índice da ONU

São Paulo - A saúde é a área na qual o desempenho do Brasil é o mais fraco, apontou um índice divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) nesta terça-feira. Inédito, o Índice de Valores Humanos (IVH) avaliou a experiência e a percepção de brasileiros em três áreas: saúde, trabalho e educação. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2010 às 22h04.

São Paulo - A saúde é a área na qual o desempenho do Brasil é o mais fraco, apontou um índice divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) nesta terça-feira.

Inédito, o Índice de Valores Humanos (IVH) avaliou a experiência e a percepção de brasileiros em três áreas: saúde, trabalho e educação. Em uma escala de zero a 1, o Brasil atingiu IVH de 0,59, sendo que o subíndice saúde teve o pior desempenho: 0,45.

"O novo índice busca dar materialidade à discussão sobre a importância dos valores para o desenvolvimento humano", afirmou o coordenador do Relatório de Desenvolvimento Humano do Brasil 2009/2010, Flávio Comim, segundo o site do Pnud na Internet.

Na área da saúde, foram avaliados o tempo de espera por atendimento, facilidade de compreensão da linguagem e interesse que a equipe médica tem pelo paciente.

"Os resultados da pesquisa mostram que mais da metade da população (51,1 por cento) considera que a espera por atendimento em serviço de saúde é demorada (não foi feita distinção entre setor público ou privado)", diz o relatório do Pnud.

O Ministério da Saúde rebateu o resultado e afirmou que a metodologia da pesquisa não permite a comparação entre os três setores.

"Não é possível comparar o IVH da saúde com os outros e concluir, por exemplo, que os valores no trabalho são melhores que na saúde", disse a pasta em nota.

Mais bem avaliado, o subíndice trabalho atingiu 0,79 e levou em conta questões ligadas a liberdade e reciprocidade.

"Isso indica que as pessoas têm mais vivências positivas nessa área do que nas outras duas", disse Comim.

Educação teve 0,54 e ponderou o que os entrevistados acreditam ser a prioridade no setor e a avaliação de estudantes e professores.

O estudo foi realizado apenas no Brasil e faz parte da versão inicial do terceiro caderno do Relatório de Desenvolvimento Humano Brasil 2009/2010. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 148 municípios de 24 Estados.

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